Morre o médico serra-talhadense Joaquim Godoy, aos 82 anos, em Recife

Com informações do historiador Luiz Ferraz Filho, de Serra Talhada

Faleceu Joaquim Antônio Curchatuz de Godoy, médico e figura importante da saúde pública pernambucana, nascido em 10 de fevereiro de 1943, em Serra Talhada, no Sertão do Pajeú. Seu velório e sepultamento aconteceu nesta terça-feira (6) no Cemitério Morada da Paz, em Recife.

Filho do ex-prefeito Moacyr Godoy Diniz e de Iracy de Oliveira Curchatuz, Joaquim Godoy descendia de uma família tradicional da região. Era neto do comerciante Joaquim Godoy Lima, sobrinho do ex-deputado Methodio Godoy e primo legítimo do ex-governador de Pernambuco, Agamenon Magalhães.

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), turma de 1969, retornou à sua cidade natal no ano seguinte para assumir a chefia da unidade sanitária da Fundação SESP (Serviço Especializado em Saúde Pública), substituindo o médico Mauro Vieira da Cunha.

Desde o início, seu trabalho foi marcado pelo compromisso com a saúde coletiva, destacando-se pela atuação no combate à tuberculose entre estudantes da rede pública de ensino.

Em 1972, ganhou projeção ao denunciar as condições precárias do antigo matadouro público de Serra Talhada, que comprometia a saúde dos moradores vizinhos.

Sua ação foi decisiva para o fechamento da unidade e implantação de um novo matadouro na periferia da cidade, como noticiou o jornal Diário de Pernambuco à época.

AÇÃO FORA DE SERRA TALHADA

Durante a histórica cheia do Rio Una, que deixou centenas de famílias desabrigadas na cidade de Palmares, foi convocado pelo então ministro da Saúde, Paulo de Almeida Machado, para liderar os esforços de assistência à população como responsável pela 3ª Regional de Saúde.

Atuou posteriormente como médico em São Lourenço da Mata e Chã Grande, sempre mantendo um perfil discreto e ético, longe das disputas políticas, apesar de sua forte ligação familiar com figuras do poder público.

Joaquim Godoy deixa um legado de dedicação ao serviço público e à medicina, sendo lembrado como um homem íntegro e comprometido com o bem-estar coletivo. Ele deixou sua esposa, Maria da Conceição, e os filhos, Paulo, Tatiana, Eduardo e Juliana.