Com informações do Correio Braziliense
No dia 12 de setembro uma bebê de 1 ano e três meses foi levada a uma UBS em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza – CE, com os sintomas semelhantes aos de amigdalite, incluindo febre alta e dor de garganta.
Contudo, o quadro da menina evoluiu para vômitos persistentes e complicações neurológicas, como rigidez de nuca e convulsões. Posteriormente a bebê foi transferida para um hospital de referência, onde iniciou tratamento para meningoencefalite, mas não respondeu à medicação e morreu em 19 de setembro.
Receba as manchetes do Farol de Notícias em primeira mão pelo WhatsApp (clique aqui)
Agora a Secretaria de Saúde do Ceará está investigando o caso, e após a necropsia foi identificado a presença de um organismo unicelular. Amostras de água coletadas pela Secretaria de Saúde e analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram a presença da ameba super-rara chamada “Naegleria Fowleri”, popularmente conhecida como “ameba comedora de cérebro”.
De acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde, Antonio Silva Lima Neto, a bebê pode ter sido contaminada pela água de um reservatório que abastece sua casa. Caso a suspeita seja confirmada, essa seria a primeira morte causada pela ameba no Brasil
“Comedora de cérebro”
Conhecida como “ameba comedora de cérebro”, a “Naegleria fowleri” é um organismo unicelular de vida livre que causa a meningoencefalite amebiana primária, que é uma inflamação cerebral de progressão rápida.
Os principais fatos de Serra Talhada e região no Farol de Notícias pelo Instagram (clique aqui)
O protozoário entra no corpo pelo nariz, junto com a água, e migra para o cérebro. Ele habita águas doces e mornas, sendo encontrado em várias partes do mundo. Embora raras, as infecções por N. fowleri têm a letalidade acima dos 97%.
