
A semana foi marcada pela notícia da mudança de sigla do deputado federal Fernando Monteiro, que agora está no PSD de Raquel Lyra. Passaria despercebido se Monteiro não fosse aliado incondicional da prefeita Márcia Conrado, que tem a missão de fazer o deputado majoritário nas Eleições 2026, em Serra Talhada.
Mas o xadrez montado por Fernando Monteiro deixa uma cicatriz profunda no grupo da prefeita, uma vez que ele coloca, além da sua reeleição, o dever de reeleger a governadora Raquel Lyra.
Então o nó começa a ser dado. De um lado, Fernando Monteiro, Sebastião e Waldemar Oliveira, estarão ao lado da governadora no ano que vem. Nas ruas de Serra Talhada, os três serão vistos com praguinhas da governadora no peito.
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Do outro, o time de Márcia vai cabalar votos para o prefeito do Recife, João Campos. Além disso, vai se acirrar a disputa interna entre o time de aliados da prefeita. “Fernando Monteiro é um amigo, mas eu não posso comparar o grupo da gente (diga-se: Avante) com as coisas que Fernando traz. Ele trouxe muitas coisas para cá, mas não se compara com as coisas que Sebastião trouxe para Serra Talhada”, disse o vice-Prefeito Faeca Melo, durante entrevista ao Farol em julho passado.
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IDENTIDADE
O Partido dos Trabalhadores (PT) tão disciplinado quanto a sua identidade ideológica, em Serra Talhada assume o tom de ‘arrumadinho’. Márcia ao lado de Monteiro, com o PSD indicando que vai migrar à direita. Alianças estratégicas com o bolsonarista Charlles de Tiringa, em alguns municípios, para eleger o marido Breno Araújo, deputado estadual, e ainda com a tarefa de desconstruir a governadora Raquel Lyra na região.
Soma-se a isto o silêncio ‘pecaminosos’ do PT em Serra Talhada, que atua como um espécie de ‘apêndice’, sempre e olho no próximo cargo. E que venham as Eleições 2026.