
Com informações do Diário de Pernambuco
A Justiça converteu em preventiva a prisão de Maria Natália da Silva Tavares, de 33 anos, detida em flagrante por atirar contra o juiz Carlos Eduardo Mathias, na manhã desta quinta-feira (27), em Ouricuri, no Sertão pernambucano. A decisão foi tomada durante a audiência de custódia realizada poucas horas após o crime.
Com a medida, a suspeita será encaminhada a uma unidade prisional definida pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seres). Maria Natália admitiu ter efetuado o disparo durante o interrogatório e foi autuada por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe ou fútil.
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O ataque ocorreu dentro da residência do casal. No local, policiais encontraram duas pistolas, munições de diferentes calibres, carregadores, celulares e até um certificado de registro de armas, material que agora reforça as linhas de investigação da Polícia Civil sobre o contexto e a motivação do crime.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou o magistrado caído no quarto, ensanguentado e com um pano pressionado sobre o peito. Ainda consciente, ele teria afirmado várias vezes que a companheira havia sido autora do disparo. O juiz foi levado para um hospital de Ouricuri, onde passou por cirurgia. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), apesar do ferimento no tórax, nenhum órgão vital foi atingido. O quadro dele é estável, sem risco de morte, e o próprio magistrado optou por permanecer internado na cidade, recusando transferência.
Segundo depoimento prestado por um policial civil que atuou na ocorrência, Maria Natália relatou ter atirado após uma discussão motivada pela descoberta de uma suposta traição no dia anterior ao crime.