A manhã desta quarta-feira (12) foi marcada por um episódio de constrangimento e indignação para Cláudia Barbosa de Oliveira, de 51 anos, moradora do bairro Vila Bela, em Serra Talhada. Em entrevista ao Farol de Notícias, Cláudia relatou ter sido destratada por um vigia do CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial), localizado na Rua Vereador Silvino Cordeiro de Siqueira, próximo ao Fórum Eleitoral.
De acordo com Cláudia, ela tinha autorização da coordenação do CAPS para deixar o filho mais cedo, já que começa a trabalhar às 7h da manhã e precisava conciliar a rotina profissional com o acompanhamento do filho.
“Meu filho está fazendo tratamento no CAPS AD3, que fica na rua do Villa Saúde, próximo ao Fórum Eleitoral. Então, quando eu cheguei hoje (12) pela manhã de 7h, porque eu tive autorização da coordenação para levar meu filho mais cedo. Por quê? Porque eu trabalho e pego de 7h da manhã no meu trabalho, aí eu voltava para pegar ele lá no Vila Bela e eu estava chegando atrasada. Então a coordenação me deu autorização para trazer ele quando eu vinha para o trabalho, já deixava ele lá. O que tinha ele ficar esperando sentado meia hora lá dentro, né? Nada.”
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Desrespeito inesperado
Segundo a mãe, o problema começou logo na chegada, quando o vigia da unidade teria se exaltado sem motivo.
“Hoje pela manhã, quando eu cheguei hoje com ele (filho) lá, eu fui muito maltratada pelo vigia que fica lá. Ele veio falar alto comigo, aí eu perguntei: ‘Por que o senhor está falando alto comigo? O senhor não tem educação, não?’, também me exaltei com ele”, disse.
Cláudia relata que ficou constrangida e se sentiu desrespeitada diante da situação.
“Isso me deixou muito constrangida, a forma como ele veio tratar, como se meu filho fosse um delinquente, ele não é isso. Porque do mesmo jeito que aconteceu com meu filho, isso pode acontecer com qualquer pessoa, entre rica e pobre, né? Ele não pode se dar o direito de vir me destratar, não. Eu sou uma mãe de família, eu venho lutando, meu filho vem fazendo o tratamento direitinho, aceitando o tratamento, então não dá o direito desse vigia vir destratar o meu filho ou falar alto comigo, bater a porta do CAPS em minha cara, como ele fez.”, relatou, continuando:
“Eu disse que foi ordem da coordenação. Nas outras vezes ele me deixava entrar, então só hoje que ele não deixou, aí ele disse assim: ‘A senhora não está sabendo não que o horário é de sete e meia não?’, gritando comigo.”
Mãe vai lutar por justiça
Cláudia afirmou que vai procurar o Ministério Público para denunciar o caso e buscar providências.
“Eu queria saber quais são os meus direitos, porque hoje eu estou procurando o FAROL e amanhã eu vou com certeza para o promotor. Não fui hoje, porque hoje eu estou trabalhando e eu sou uma pessoa muito responsável. Eu quero tomar as medidas cabíveis, porque meu filho está fazendo tratamento e vai continuar assim, e é para ser bem tratado.”
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Ao final da conversa com a reportagem, Cláudia pediu respeito e empatia com os usuários do CAPS e suas famílias.
“Se na chegada é tratado desse jeito, imagina lá dentro como é que ele não é tratado, né? Então, estou fazendo minha denúncia aqui no Farol e não vou descansar, não vou descansar, porque eu sei que Serra Talhada tem lei. Não vou descansar enquanto esse vigia, seja lá quem for, não seja punido, porque isso não existe, não.”
“A educação é para pobres e ricos, vale para todo mundo. Eu cheguei com toda a educação do mundo, tocando na campainha e ele já foi me destratando, falando alto comigo. Quero saber isso das autoridades de Serra Talhada, é para ser destratado? Não, não pode ser assim”, questionou.
“Ele (vigia) trabalha, ele está recebendo, é para tratar as pessoas bem, não para destratar. Então, fica aqui meu desabafo. Sei que o Farol vai passar e sei que as medidas cabíveis também serão tomadas pela justiça, porque amanhã eu vou para o promotor.”
Com a palavra, a coordenação do Caps AD III.
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