duquinho na tv farol
Foto: Farol de Notícias / Eduarda Cavalcanti

João Duque Filho, o Duquinho (Avante), foi o convidado deste sábado (30) do Programa do Farol no Youtube e conversou sobre temas polêmicos envolvendo o Avante e o PT em Serra Talhada. Um dos assuntos foi a Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) que tem como réus a prefeita Márcia Cornado, o esposo Breno Araújo e o vereador Gin Oliveira diante a denúncia de crime eleitoral.

A polêmica, que ficou conhecida como “caso Odair Pereira”, envolve áudios gravados dentro da casa da prefeita pelo ex-candidato a vereador e o que seria uma tentativa de cooptação política com oferta de dinheiro. Indagado sobre o avanço das investigações e o risco real de cassação da chapa, caso a Justiça Eleitoral concorde com a tese de crime, Duquinho despistou:

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“Eu confesso a vocês que não houve nenhuma conversa [dentro do Avante sobre o risco de cassação]. Não é uma preocupação. Nem se ventilou nada em relação a isso. Até porque no pós-eleição sobram várias coisas para a gente ficar resolvendo”.

“Essa pergunta até me pega de surpresa, porque eu não sabia que estava tão assim, andando. Eu lembro que o Ministério Público arquivou e não sabia dessa reentrada no processo. O que eu estou lhe dizendo é que o Avante não viu, não viu ainda o que vocês estão me colocando aqui, ao menos para mim é surpresa [sobre o andamento da Aije – Ação de Investigação Judicial Eleitoral].”

'Não creio que Gin envolveu Márcia e Breno', diz Duquinho

CONVERSAR COM SEBASTIÃO E WALDEMAR

“Eu estou indo a Recife na próxima semana e justamente para uma reunião, tanto com Sebastião, quanto com Waldemar. E vou me atualizar sobre esse tema [da investigação], que eu não estou sabendo nada. Inclusive Faequinha [vice eleito], atualize a gente, não estamos sabendo de nada”, afirmou Duquinho.

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“NÃO ACREDITO QUE GIN…”

“Eu acredito que tudo vai correr, não acredito que Gin envolveu Márcia e Breno nessa história. Não sei como aconteceu, até porque a gente não participou e não foi informado de nada. Mas eu acho que tudo vai ser esclarecido e não vai haver nenhum grande problema não”, opinou.

“VÃO SER DIPLOMADOS…”

“Eles vão ser diplomados e vamos dar sequência ao trabalho belíssimo que ela vem fazendo aí com essa gestão. Ela é uma mulher guerreira e tem provado ao longo do seu mandato, e com certeza vai reassumir, continuar trabalhando. E com certeza o Avante vai estar junto para estar ajudando no que puder”.

ANDAMENTO DA AIJE

Conforme publicado em primeira mão pelo Farol de Noticias, a Coligação Majoritária de Miguel Duque entrou com uma Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) na Justiça Eleitoral contra a prefeita reeleita Márcia Conrado, o vice-prefeito eleito Faeca e o vereador não reeleito Gin Oliveira, alegando a prática dos crimes eleitorais de cooptação de apoio político e abuso de poder, através da oferta de pagamento de valores e vantagens dentro da máquina governamental para pressionar um candidato de oposição a desistir de sua candidatura, citando o já popular caso Odair Pereira, vítima de um suposto assédio.

Como o processo é público, o Farol teve acesso ao seu conteúdo e vimos que na semana passada os três Investigados foram intimados e na terça-feira (26) e apresentaram Defesa conjunta no processo.

TESE DA DEFESA

Na defesa, ao tratar do teor dos áudios que gravaram uma reunião em que estão presentes o então candidato a vereador de oposição Odair Fiscal do Povo, a prefeita Márcia Conrado, seu marido Breno Araújo e o vereador Gin Oliveira, os advogados tentam isentar a prefeita Márcia dizendo que não houve da parte dela nenhuma expressão de aceite ou concordância com relação as propostas financeiras feitas pelo vereador Gin Oliveira.

Segundo a defesa, “verifica-se que na gravação em comento, apenas se extrai a suposta voz da Prefeita Márcia Conrado relatando aspectos de seu mandato e as dificuldades por ela enfrentadas, sem, contudo, fazer qualquer menção à proposta de oferta financeira ou vínculos político-partidários, ao passo que não há qualquer expressão de aceite ou concordância com as outras falas proferidas no decorrer do áudio. Não há, portanto, qualquer referência a negociações que possam caracterizar irregularidades ou práticas ilícitas em suas falas”, diz um dos trechos.

ENTREVISTA COMPLETA COM DUQUINHO