Fotos: Farol de Notícias
Mesmo com o plenário lotado de servidores municipais, o projeto do prefeito Luciano Duque (PT) que penaliza toda a categoria com o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 12,5% foi aprovado pela maioria da Câmara de Vereadores em sessão ordinária na noite desta segunda-feira (18). O projeto passou em primeira votação e ainda deverá enfrentar uma segunda contagem na próxima semana.
A estratégia do Sintest (Sindicato dos Servidores em Educação de Serra Talhada) de levar dezenas de integrantes da classe ao plenário para pressionar os parlamentares a votarem pela rejeição da medida não funcionou e o projeto foi aprovado por 8 x 6. Toda a bancada da oposição decidiu ficar contra o aumento, sendo apoiada pelo único vereador da base do prefeito, Sinézio Rodrigues, que também votou contra.

Para abafar a tática de pressão do Sintest, o governo convocou um número considerado de funcionários com a intenção de fazer plateia em apoio à aprovação, o que aumentou o clima de disputa em plenário. O projeto original do prefeito Luciano Duque atingia os servidores da ativa com um aumento ainda maior, de 2,5%, mas os vereadores da base, tentando evitar um maior desgaste, optaram por diminuir em 1%, ficando nos 12,5%, decisão que ainda desagradou Duque.
Na tribuna, o vereador Sinézio Rodrigues foi parabenizado pelo líder da oposição, Gilson Pereira (PSD), que considerou a postura de bater de frente com o governo coerente com a história de sindicalista do parlamentar do PT. Pereira afirmou que a bancada da oposição estava fazendo a sua parte em defender os interesses da população e criticou o aumento da alíquota citando que o governo Duque não está sendo transparente.

“A prefeitura tem um site para publicar tudo, mas na verdade não se publica nada”, apontou Gilson Pereira, se referindo às contas da gestão. Sinézio Rodrigues também destacou a falta de transparência do governo Duque com o dinheiro público e reafirmou que votar contra a proposta de elevação da alíquota era uma prova de respeito à dignidade dos trabalhadores.
“Eu reafirmo que sou contra essa medida que penaliza o servidor público municipal e que não vai resolver o problema da previdência própria de Serra Talhada, porque R$ 32 mil a mais que vai se arrecadar com isso não vai resolver o déficit previdenciário, o que vai resolver, de verdade, é a questão da transparência com o que entra e que sai da previdência”, alertou.
VOTARAM CONTRA O AUMENTO
SINÉZIO RODRIGUES
GILSON PEREIRA
MÁRCIO OLIVEIRA
CIÇÃO
PINHEIRO
LEIRSON MAGALHÃES
VOTARAM A FAVOR DO AUMENTO
MANOEL ENFERMEIRO
NAILSON GOMES
VERA GAMA
DEDINHA INÁCIO
ZÉ RAIMUNDO
JAIME INÁCIO
AGENOR DE MELO LIMA
EDMUNDO GAIA
ANTÔNIO RODRIGUES – FALTOU À SESSÃO
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