Nomes de Moraes e Zanin constavam em anotações de grupo de extermínio - Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Da CNN Brasil

Os nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aparecem em anotações apreendidas pela Policia Federal (PF) no âmbito da operação que investiga um grupo que cobrava até R$ 250 mil para monitorar e assassinar autoridades. A investigação ainda apura se houve monitoramento dos magistrados.

Segundo fontes ligadas à investigação do caso, a tabela de preços para o monitoramento das autoridades também previa o valor de R$ 150 mil se a vítima fosse senador e R$ 100 mil se a vítima fosse deputado.

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A operação prendeu cinco integrantes da organização criminosa e cumpriu mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A operação foi autorizada por Zanin.

As ações fazem parte de um inquérito que tramita sob sigilo e que apura também a venda de sentenças judiciais envolvendo servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).

O grupo investigado era composto por civis e militares da ativa e da reserva, e se autodenominava “Comando C4” — sigla para Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos.

A facção tem ligação com a execução do advogado Roberto Zampieri, assassinado em 2023 em Cuiabá (MT). Ele era apontado como figura central em um esquema de intermediação de sentenças judiciais.

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A investigação da PF indica que o grupo atuava também para lavar dinheiro por meio de uma rede empresarial e financeira, com origem em supostas propinas pagas para a compra de decisões judiciais no STJ.

Entre os alvos da apuração estão advogados, lobistas, empresários, assessores parlamentares, chefes de gabinete e magistrados. Os crimes investigados incluem organização criminosa, corrupção, exploração de prestígio e violação de sigilo funcional.