eugenioPor Eugênio Marinho, empresário de Serra Talhada

Se há uma divisão que pode explicar a razão da triste realidade brasileira seria: “Nós”, que pagamos impostos e eles, que os administram. Qualquer outra nomenclatura a esta divisão serve apenas aos interesses dos que não pagam impostos ou aos que se locupletam deles, estes são os verdadeiros tijolos que formam o muro que separa “Nós” e “Eles”.

Não podemos ser hipócritas e fingirmos que não vemos a enorme desigualdade social que temos no Brasil, são inúmeros os brasileiros que vivem com um rendimento muito aquém do mínimo necessário. Nossas ações, enquanto sociedade, podem fazer toda diferença nesta realidade que termina por impactar na qualidade de vida de todos.

Esta própria realidade que vivemos é a demonstração cabal de que estamos sendo incompetentes, enquanto sociedade, na busca das soluções necessárias para atingirmos uma melhor qualidade de vida coletiva. O socialismo que ignora o capitalismo ou o capitalismo que ignora o socialismo, ambos tomados pela corrupção impune, têm se mostrado totalmente ineficientes. Realmente, ora andamos para direita, ora para esquerda, o tempo passa e vemos sempre a mesma paisagem. A paisagem de quem insiste em não andar para frente.

Só uma mudança nas estruturas das organizações públicas e privadas, alicerçada numa mudança de comportamento das pessoas que as integram, nem que seja inicialmente motivada unicamente pela certeza da punição aos desvios de conduta, poderá no futuro garantir a todos os brasileiros uma melhor qualidade de vida. Qualquer proposta que não leve em consideração esta necessidade será um paliativo igual a tantos que temos assistido ao longo do tempo. É como se tentar limpar a água surja de uma calha agindo sobre ela sempre depois da fonte da sujeira.

“Nós” e “Eles” estaremos sempre conectados e teremos sempre a opção de nos ajudarmos ou nos prejudicarmos.

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