
Com informações do fdr
Embora as eleições presidenciais estejam marcadas apenas para 2026, as pesquisas de intenção de voto já começaram a aquecer o debate político. Um levantamento recente realizado pela Genial/Quaest coloca o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na liderança, mas sugere a necessidade de um novo Bolsa Família para evitar quedas nesses números.
A pesquisa, divulgada na última segunda-feira (3), aponta Lula como favorito em todos os cenários de primeiro turno testados, mantendo um patamar histórico em torno de um terço do eleitorado brasileiro. No entanto, o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi incluído nas opções, já que ele está inelegível. Em seu lugar, aparece o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.
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Lula, que está em seu terceiro mandato, tem como uma de suas principais marcas o programa Bolsa Família, criado em 2003, durante sua primeira passagem pela Presidência. O programa, que já ajudou milhões de famílias de baixa renda, passou por diversas mudanças ao longo dos anos e, atualmente, beneficia 20,4 milhões de lares brasileiros, com um valor mínimo de R$ 600 mensais, além de benefícios extras para famílias mais numerosas. Crianças, jovens, gestantes e até pessoas que moram sozinhas podem ser beneficiadas, embora haja um limite de 16% do total de inscritos por cidade para este último grupo.
Pesquisa eleitoral para eleições presidenciais de 2026
Apesar da liderança nas pesquisas, a equipe do governo demonstra preocupação com o índice de rejeição de Lula, que atualmente é numericamente maior que o potencial de voto: 49% contra 47%, respectivamente. Embora esteja dentro da margem de erro, a tendência de piora tem sido observada desde o segundo semestre de 2023, segundo a avaliação de governo captada pela Genial/Quaest.
Especialistas atribuem essa rejeição ao aumento do custo de vida no Brasil. Apesar de o valor do Bolsa Família ser maior hoje do que há quatro anos, o preço de alimentos, aluguel, água e luz também subiu, o que, na prática, diminui o impacto do benefício no orçamento das famílias.
Por que um novo Bolsa Família pode ser crucial para Lula?
Segundo o blog de Iuri Pitta, na CNN Brasil, durante seu primeiro mandato, Lula atingiu as menores taxas de aprovação em 2005, no terceiro ano de governo. Para recuperar o apoio popular, o presidente investiu em políticas públicas como o Bolsa Família e o Luz para Todos.
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“Se Lula havia chegado pela primeira vez ao Planalto com votos em todas as camadas sociais e regiões do país, seria reeleito no ano seguinte principalmente impulsionado pelos votos do Nordeste e dos segmentos de menor renda e escolaridade”, explica Iuri.
No entanto, o cenário atual é diferente. O ambiente externo é mais hostil, com os impactos do governo de Donald Trump nos EUA e o crescimento mais lento da China. Por isso, a criação de um novo programa social pode não ter o mesmo efeito que há 20 anos. Ainda assim, a estratégia de fortalecer políticas públicas voltadas para as camadas mais vulneráveis da população pode ser crucial para manter Lula competitivo nas eleições de 2026.