O ADEUS: Inocêncio não aceita apelo do governador, confirma saída e anuncia sucessorPela primeira vez, após as especulações em torno de que não mais disputaria um mandato para deputado federal, o deputado Inocêncio Oliveira (PR), confirmou nesta quinta-feira (19), em nota postada em seu blog, que deixa a vida pública após quase 40 anos de militância política.

O cacique, inclusive, revela detalhes da conversa que teve com o governador Eduardo Campos (PSB), na última sexta-feira (13), quando comunicou a decisão ao socialista.

“Nessa reunião, o governador preocupou-se muito e me disse que se eu quisesse ser candidato ele me ajudaria a me eleger mesmo sem sair de casa, pois tenho uma liderança muito forte no interior”, disse o deputado, acrescentando a sua resposta.

“Informei-o que não tinha mais esse desejo, pois do mesmo jeito que ajudei a fazer grandes mudanças econômicas em Pernambuco, precisava fazer as mudanças políticas e estava na fase de renovação. Acho que já cumpri o meu dever para com os municípios que representei, com Pernambuco e com o Brasil”, revelou o cacique republicano.

Numa segunda parte da sua despedida, Inocêncio Oliveira também confirma que a decisão em passar o bastão para o deputado Sebastião Oliveira também contou com a benção do governador Eduardo Campos e lança o nome do ex-prefeito de São José do Belmonte, Rogério Leão, para ocupar a cadeira de ‘Sebá’ na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

“Essa reunião foi muito proveitosa onde decidimos que o deputado Sebastião Oliveira seria o candidato a deputado federal, Rogério Leão e Alberto Feitosa seriam candidatos a deputados estaduais”, declarou Inocêncio.

LÁGRIMAS NA DESPEDIDA

No post do deputado em seu blog, o deputado também revela que o o prefeito de Petrolândia, Lourival Simões, chegou a chorar ao pedir a Inocêncio Oliveira que não deixasse a política.

“Na última terça-feira (17) tomei café da manhã com o meu amigo Lourival Simões, que fez um apelo dramático, chegando às lágrimas; para que eu continuasse sendo candidato. Eu lhe disse que tinha uma decisão madura e não podia retroceder”, finalizou Inocêncio Oliveira.