O aniversário de Inocêncio Oliveira e as lições semeadas no meio político

Por Cornélio Pedro da Costa, policial aposentado e colunista do Farol

Hoje queria aqui registrar os meus votos de parabéns e desejo de muitos anos de vida ao Ex. Deputado Inocêncio Oliveira, que neste dia 21/10 completou seus 87 anos de vida. Figura ímpar no seu caminho espetacular de fazer Política com “P” maiúsculo, um verdadeiro mestre na arte da articulação e organização de um grupo político forte, coeso e padronizado.

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E em sua homenagem, me atrevo a falar um pouco da política local. Embora nestes aspectos temporais, as muitas figuras que surgem nos últimos tempos tenham se sobressaído, principalmente pelas quebras de confiança e no apelativo comprometimento de querer o poder pelo poder. Mesmo que para alguns o entendimento seja que tudo pareça normal, embora nem tão ético e até imoral. No final, se justificam entre os meios e os fins. Pode até parecer aceitável entre si, mas pra nós, eleitor, é muito feio. Passar um pano até se justificaria pela necessidade de renovação de líderes na construção dos grupos; enfim, o que nos resta é observar e avalizar.

Uma coisa é certa: esse negócio de fato virou um campo de areia movediça. E entre arremedos de pactos e acordos, a confiabilidade é zero. E é neste emaranhado que figuras surgem nas suas essências e personalidades políticas, um tanto quanto desconfiáveis. Alguns com mais, outros com menos potencial.

Voltando ao nosso histórico personagem, claramente se vê que, no quesito continuidade e pragmatismo político, o exemplo performático da velha raposa não conseguiu contagiar nem transferir o pressuposto do seu emblemático carisma. Onde sua presença contagiante e hipnótica movimentava e dava sentido ao projeto quase que automaticamente.

É fato que a essência de seus antigos comandos se perdeu na inconsistência de comandados, com lideranças físicas quase ausentes e distantes de sua autenticidade. Resultado: os grupos se misturaram e por fim se esfacelaram, e a cada momento político se evidencia que a experiência do articulado velho mestre, politicamente falando, entre sua referência/reverência, não existe mais.

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E apesar do que por muito tempo se consolidou como base de muitos projetos de escolhas, tudo se esvaziou num confuso processo político, e seu legado virou nostalgia na forma histórica de se fazer política por cá. Bom, de certa maneira, isso dá forma e espaçamento no contexto político atual, com possibilidades infinitas. Daí se espera que surjam outras histórias, que possíveis liderados virem lideranças, tentando buscar entre si por novos caminhos de como fazer e trazer as boas políticas pra nossa comunidade. Embora o que se tem visto nos últimos tempos é a busca pela prática num embate um tanto quanto duvidoso, confuso, desesperado e desrespeitoso, quase beirando o absurdo da velha e boa política.