
Por Ananias Solon, Zootecnista, historiador e escritor
“Dona Constância de Sinhô da Beleza”. Saudades dos tempos idos em nossa querida Serra Talhada-PE. (Década de 70). Foi numa fase dourada nos tempos de menino, em que as obediências, as brincadeiras e aventuras se misturavam com nossas identidades de criança raiz. Éramos felizes e não sabíamos; não existia internet, nem o fantasma CELULAR! A gente improvisava nossos divertimentos, sempre com ternura, criatividade e aventuras radicais.
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Lembro- me das brincadeiras de Barra Bandeira, dos Garrafões, 31 letras, boquinha de forno, cobra cega, jogar pinhão, jogar bila, e tantas outras.
Foi numa manhã, dia nublado, convidativo para mais um final de semana na saudosa rua Pe.Ferraz, com a meninada da vizinhança, fato comum nas cidades interioranas. Não me lembro a data exata mas, lembro- me desse fatídico episódio. Recebemos as ordens de nossa Saudosa mãe, Dona Luiza para passear com o irmão caçula na época; Expedito Solaney (Foto).
E lá eu estava a conduzir aquele belo carrinho que auxilia na criação das crianças. Eu sempre alternava a condução do tremendo carrinho com o mano Sormany, que com toda habilidade, a gente desenvolvia uma manobra para embalar, e em movimento a gente pegar carona subindo na traseira do bendito carrinho em plena velocidade, subia também o amiguinho Fifi de dona Lia.
E lá ia nós felizes, alegres, risadas no ar naquela maravilhosa corrida de calçada a fora e aconteceu o inesperado, o que era alegria transformou-se em um alvoroço medonho; dona Constância saiu de repente na calçada e a gente no embalo da corrida não deu tempo de frear ou desviar, atropelando dona Constância.
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Foi a maior confusão, mas sem sequelas, só sobrando pra nós uma bela pisa e uns puxões de orelhas acompanhados de umas belas palmadas de Dona Luiza com aquelas mãos pesadas, e tudo resolvido a poeira assentada todos em suas casas.
Em síntese, finalizo essa história dando graça a esses benéficos corretivos que tivemos em nossa geração, crescemos saudáveis e educados, sem traumas e frustrações; ao contrário dos tempos atuais, em que os pais são proibidos por lei de educarem seus filhos nos modos de antigamente; entretanto geralmente adotam sem precedente o CELULAR como forma de educação, ou até mesmo como entretenimento para essa geração NUTELLA. “Viva os tempos de menino Raiz .”
4 comentários em O atropelamento na Rua Padre Ferraz nos rendeu boas palmadas