Por Maria Edvirgem, escritora e professora
Então é Natal… E o que você não fez? Mais um fim de ano se aproxima, e com ele vem a sensação do “dever não cumprido”. O espírito natalino, revela a vulnerabilidade da alma, crescente e pertinente.
E lembro, saudosa, algumas canções da época, com seus refrões inesquecíveis, uma em especial, mexe imensamente, com minhas emoções e faz parte das minhas memórias afetivas: “Que o Natal existe / Que ninguém é triste / E no mundo há sempre amor”.
Assim, me pego fazendo uma retrospectiva, sobre quantas palavras deixamos de proferir, quantos sorrisos foram negados e tantos acenos não destinados , talvez pela superficialidade dos sentimentos ou mesmo pelo egocentrismo, tão comuns e reveladores, da pobreza desumana…
E afirmo que, a tão propagada empatia, não pode ser uma palava em alta, um casual modismo, só é relevante, quando é real, quando nos sensibilizamos e padecemos, com as adversidades, tantos vezes crueis e impune.
As atitudes somam em favor, do que for do bem e do bom, bem-aventurados, os que se despem de vaidade e egoísmo e se vestem de humildade e compaixão, seguindo o exemplo do bom samaritano: “amar o próximo como a si mesmo”.
É essencial que façamos uma profunda reflexão, sobre nossos” pensamentos, atos e omissões”, bem como, uma viagem introspectiva, para entendermos onde negligenciamos, no cuidar de outrem.
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Por que não estendemos a mão, quando estavam a deriva, não ouvimos o grito dos necessitados, não evitamos os tropeços e nem impedimos as lágrimas de caírem.
Então, que essa, não seja apenas uma data emblemática, que seja lembrada, não pela troca de presentes, mas pela presença e troca de afetos, que a Ceia farta, não seja a última, que alimente o âmago, diminua a distância, a carência de afagos e de amigos, que olhares se encontrem, que abraços envolvam e sentimentos nobres, brotem dos corações, um tanto descreditados, que possa ser celebrado e enaltecido, o verdadeiro sentido do Natal: A vida! O nascer e renascer!
Que a magia da Estrela de Belém, continue a nos guiar, nos mostre o caminho da retidão, traga pra nossos dias, o discernimento, para fazermos nossas escolhas e arcarmos, com as consequências. Que a energia positiva, restaure a fé, a esperança e a liberdade espiritual, através do perdão.
Que felicidade, não seja apenas uma palavra poética, de rima fácil e sonoridade, propícia ao sonho e a bondade, que não represente só a efemeridade do instante, mas o estado durável da plenitude, em nosso viver!
“Bom Natal, um Feliz Natal Muito amor e paz pra você, pra você!”
3 comentários em O espírito natalino e as reflexões para a retrospectiva 2024