Foto: Farol de Notícias/Alejandro García
O pedreiro Manoel Pedro da Costa trabalhou por onze anos como canoeiro, transportando pessoas de uma margem a outra do Rio Pajeú, quando não se sonhava construir pontes na Capital do Xaxado. Em seguida, entrou no ramo da construção civil e labutou por 53 anos como pedreiro. Mas, no fundo da alma, Manoel do Cavaquinho, como é mais conhecido, tem a música no sangue e aos 75 anos bem vividos, o cavaquinho se tornou o grande companheiro.
“A primeira vez que eu comecei com o cavaquinho eu estava no São João do Barro Vermelho e meu pai fazia cavaquinho e ele me deu um cavaquinho e eu comecei. Eu tinha 17 anos e o padre Jesus (falecido) dizia ao meu pai: “Esse menino vai aprender a tocar cavaquinho”. E eu não aprendi, só faço o que eu sei. Eu fui treinando um pouquinho hoje estou aqui”, relembra o cavaquinista, que é um autodidata e ainda faz composições no instrumento.
“Quem sabe não carece ninguém ensinar, tudo que eu fiz eu aprendi. Eu dirijo carro e nunca me ensinaram nada. o cabra que não carece pegar na mão para ensinar não, o cabra aprende e Deus ajuda que vai para frente. Eu gosto mesmo do cavaco, ele representa muita alegria, eu quero muito bem. E quando eu pego em um cavaquinho eu tenho o maior prazer do mundo”, confessa o instrumentista.
AGENDA JUNINA
Animado, Manoel do Cavaquinho tem lembranças dos festejos juninos passado, mas não quer ficar de fora dos festejos deste ano. Ele toca desde o Brasileirinho de Waldir Azevedo até os grandes sucessos de Luiz Gonzaga,
“Eu vou tocar no São João, Neném do Acordeon me chamou para tocar mas eu não sei se vai dar certo. De vez em quando aparece e é só chamar que eu vou. O meu telefone é 9 9962-5666. Quem quiser o Mané do Cavaquinho é só telefonar para mim que eu estou esperando”, declara, soltando um largo sorriso.
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