O perigo de ser 'pula-pula' na política é que o eleitor vira saco de pancadas

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

O mal exemplo dado pelo vereador André Maio, evangélico e temente a Deus, é algo que assusta, num primeiro momento, mas que vem se tornando muito comum no jogo político brasileiro. O vereador serra-talhadense estava ao lado do deputado federal Waldemar Oliveira, recebeu os ‘apoios’ necessários, logo em seguida, abandonou Oliveira e anunciou juras de fidelidade ao pré-candidato Charlles de Tiringa, quebrando o apoio ao deputado Fernando Monteiro, e agora, de novo; quebra o ‘acordo’ com Charlles e retorna aos braços de Monteiro… sabe-se lá até quando.

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Nas cartas abertas soltadas pelo parlamentar, sobram elogios aos apoiados e ‘traídos’, mas falta coerência uma vez que a rotina do ‘pula-pula’, acaba transformando o coitado do eleitor em ‘saco de pancadas’. Explico: Os movimentos de André Maio banalizam o jogo político que já está desacreditado pela maioria. O ‘pula-pula’ passa a agir de acordo com suas conveniências, e não de acordo com o que pensa ou deseja o seu eleitorado.

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Achar que isso é ‘normal e coisa da política’, é jogar na vala comum o bom político que recusa este comportamento. É debochar do eleitor que tem um mínimo de esperança dentro do jogo.

Por outro lado, não se pode imputar a ‘culpa’ ao fator Charlles de Tiringa, como tenho escutado aqui e acolá. Fraqueza de espírito é inerente ao se humano, mas o livre arbítrio é o passaporte necessário para o jogo do bem e do mal.

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O certo, é que estamos cansados disso tudo. Das mesmas práticas, do mesmo jogo antes das eleições, do excesso de palavras bonitas e justificativas… às vezes, tudo isso dá nojo. Gostaria que as lições dos tempos mudassem as pessoas, mas para melhor,

Bom dia a todos!