Por Jorge Apolônio, policial federal e membro da Academia Serratalhadense de Letras (ASL)
Numa democracia, todo mundo tem o direito de fazer o que quer e gosta, desde que seja dentro da lei, isto é, desde que não prejudique ninguém. Participar efetivamente do processo político da sua comunidade é algo muitíssimo louvável, ainda mais num país como o Brasil, onde se dá pouquíssima importância à política, o que é um erro que nos custa caro a todos.
Pois bem, Carlos Evandro gosta de política e, apesar de estar com os direitos políticos temporariamente suspensos (será por quê?), não abre mão de participar do processo político serratalhadense, ainda que não seja ele o candidato, já que não pode. Tudo bem, é um direito dele, uma vez que a lei não lhe veda também isso.
Assim sendo, a estratégia dele é insistir em deixar o nome de sua esposa em evidência contínua, permanente para emplacá-la pelo menos como vice de alguma cabeça de chapa viável.
Embora só ele e seus já poucos bajuladores digam que ele fez uma administração primorosa, depois de oito anos de uma gestão tão medíocre quanto a dos seus antecessores; de ter feito o que fez para induzir Serra Talhada ao erro para eleger Luciano Duque, seu sabidamente despreparado sucessor e contraditoriamente se tornar seu oponente, Carlos Evandro não tem moral política para indicar um nome. Isto é fato. Ele sabe disso ou seria um ingênuo. Os atos têm consequências. É a vida.
Por tudo isso, Carlos deveria ter a humildade para poupar Serra Talhada de sua obsessão e sair da cena política, fazendo como Geni, que, após nos decepcionar e ouvir veementes “nãos” do nosso eleitorado, deixou-nos em paz.
Entretanto, para Carlos “ainda não caiu a ficha” e ele vai participando do quotidiano político de Serra Talhada se dando mais importância do que de fato tem, dando uma de joão-sem-braço, fingindo ter pesquisas internas ou mistificando, forçando os números das pesquisas públicas para colocar sua esposa onde ela não chega. Tipo se colar, colou. Isso é crime? Não, mas, cá pra nós de bom senso, é uma acachapante falta de senso de ridículo ou oportunismo escrachado. É achar que todo mundo é bobo em Serra Talhada e não só os poucos gatos pingados que ainda lhe dão importância política.
24 comentários em Opinião: Evandro sofre de oportunismo escrachado ou falta de senso do ridículo?