paulo césarChegamos ao fim do ano de 2014 com muitas reflexões para serem feitas, muitas das quais diz respeito as nossas vidas, outras, como por exemplo, a necessidade de convivência e de sociabilidade, nos leva a pensar no futuro da nossa cidade, que no ano que se encerra viveu dias que pareciam um déjà vu. Isso, porque deixou a impressão de que as coisas em Serra Talhada não mudam, no máximo recebem um novo nome ou apenas mais um adjetivo.

Em 2014, a cada 10 dias uma pessoa foi assassinada, deixando a população com uma enorme sensação de insegurança. Os roubos e furtos aumentaram na proporção que a aumentou o consumo de drogas. Os casos de violência contra a mulher aumentaram porque muitas vítimas tiveram a coragem de denunciar os agressores, senão a violência doméstica seria tema apenas de debate em seminários ou campanhas de conscientização. Infelizmente a violência foi um dos grandes destaques deste ano.

Com o aumento do número de homicídios o debate sobre a construção de um IML em Serra Talhada foi ressuscitado, assim como os discursos inflamados dos políticos sobre o tema, que logo mudaram de foco para iniciar uma outra sequência de falatório recheado de demagogia. Se o IML é uma história sem fim, o que dizer do Hospam? Onde uma criança nasce dentro do hospital sem nenhuma assistência e vem a óbito ali mesmo. Confesso aos amigos faroleiros que nunca tinha visto uma história dessas no Brasil, já tive conhecimento de fatos ocorridos fora do hospital, mas dentro do hospital é a primeira vez.

Outro assunto que entra ano e sai ano e não é resolvido é o trânsito. Apesar de algumas boas mudanças feitas na saída da cidade, a mobilidade no centro é horrível. Só falta umas vacas e uns tok tok – táxis indianos – para que o trânsito no centro de Serra Talhada se pareça com o de Nova Deli. Se já é difícil organizar a cidade, imagine o tempo que levara a construção da famosa estrada até Brasília!

Mas apesar de tantos fatos negativos ainda temos coisas importantes que fazem parte da nossa história para enaltecer, como por exemplo, o Rio Pajeú. O Rio Pajéu!?Infelizmente esse assunto não dar nem pra comentar, afinal, o rio não gera votos! Ainda mais com ele praticamente destruído! Então que venha 2015! Ano novo, vida nova! E que os déjà vus não passem de fenômenos psicológicos!

Um feliz 2015 para todos os amigos faroleiros!