violencia contra mulher 01Por Adelmo José dos Santos, escritor de Serra Talhada

Hoje os tempos estão mudados, o progresso apareceu trouxe a tecnologia tudo está modernizado. As urnas são eletrônicas não tem mais assinaturas, tudo está nas digitais dentro da biometria. Mas apesar de tudo isso ainda existe os coronéis com ideias de jericos que ficaram para trás, sem acompanhar o tempo que passou e não volta nunca mais, deixando esses coronéis com o nariz cheio de rapé com o cheiro de torrado se infiltrando na política a caminho do Senado.

No dia 5 de outubro- domingo de eleição- no estado de Alagoas na capital Maceió, dentro da seção de votos um candidato ao Senado pelo (PEN), Partido Ecológico Nacional, o coronel Brito, deu um tapa no rosto de uma mulher que estava na fila para votar. Segundo a delegada Fabiana Leão, da delegacia da mulher que fica no centro de  Maceió, o agressor não podia ser enquadrado na “Lei Maria da Penha,” porque não tinha ligação afetiva com a vítima. Deixando a entender que a “Lei Maria da Penha” é a “Lei da Luz de Vela ” uma lei muito romântica. Foi aí que eu descobri que para um agressor ser enquadrado na Lei Maria da Penha, é preciso que haja ou tenha havido um romance entre ele e a vítima.

No Brasil de Alagoas tudo isso aconteceu: A justiça ignorou, a polícia não prendeu, o agressor saiu pela porta com a sua escolta própria deixando apenas o barulho feito pelas as suas botas. Os jornais silenciaram deixando o caso de lado, a mídia não acompanhou não deu mais nenhuma nota e a imprensa abafou. E por bater numa mulher a Lei Maria da Penha também não funcionou, e a justiça que era cega mais uma vez enxergou. Não prendeu o candidato e deixou livre o agressor, só o barulho das botas foi o rastro que ficou. Era mais um coronel querendo ser senador, que deveria está preso, mas com a impunidade da cadeia se livrou. Ainda bem que o Coronel candidato ao Senado não foi eleito, obtendo o pior resultado entre os seus concorrentes, ficando com 1922 votos, equivalente a 0,16% dos votos válidos. O senador eleito foi Fernando Collor de Melo, aquele velho conhecido do povo Brasileiro.