Agricultora sofre queimaduras de 2º grau

Publicado às 03h54 deste sábado (9)

Mais uma família indignada com os serviços ofertados no Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam). A enfermeira e moradora do bairro Vila Bela, Patrícia dos Santos Rodrigues, 30 anos, estava desde terça-feira (5) com sua irmã internada após sofrer queimaduras de 2º grau no tórax e na face.

A paciente Maria da Penha dos Santos Ferreira, 33 anos, moradora do sítio Várzea Grande, na zona rural de Serra Talhada, sofreu um acidente enquanto fazia angu para os seus cachorros, devido a um problema nos ossos perdeu a força de uma das mãos ao tentar levantar o tacho de comida quente que derramou sobre ela.

Ainda de acordo com a irmã da paciente, os plantonistas que atenderam a mulher não queriam permitir a transferência dela para o Hospital da Restauração, em Recife. Patrícia conta que precisou insistir para buscar o direito a uma vaga no hospital público e ainda desafiou a direção do Hospam, João Antônio Magalhães a lhe dar uma resposta. Após três dias de insistentes apelos, e com dores, Maria da Penha foi transferida na tarde dessa sexta-feira (8) após a visita da reportagem do Farol na clínica do Hospam.

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Na última terça-feira (5), minha irmã deu entrada aqui no Hospam com queimaduras de segundo grau. Ela mora no sítio. Quando ela chegou e deu entrada eu acompanhei ela, falei com o médico e ele orientou que colocasse ela embaixo do chuveiro de 10 a 20 minutos. Esse procedimento eu segui e fiz, porque eu também sou enfermeira.

E ela sentindo dor e eu procurei o médico de novo e perguntei de novo: ‘Doutor, e a dor?’ e ele disse que isso a gente via depois. E eu disse que exigia que ele medicasse ela. Por muita insistência ele medicou, mas orientou que ela ficasse embaixo do chuveiro.

Tirei ela e em seguida veio uma enfermeira que foi muito gentil e deu muita atenção, tirou foto dela e enviou para a médica que é especialista em queimaduras e funcionária aqui do Hospam e vendo as fotos disse que iria vê-la no dia seguinte para realizar o procedimento que é feito no bloco cirúrgico.

Como ela queimou a região da face e tórax outra pessoa não podia fazer o curativo, só ela que é especialista, ficamos aguardando. Foi internada na clínica cirúrgica, como está até hoje há quatro dias. Eu pedi ao médico que encaminhasse ela para Recife, para a Restauração.

Ele se negou, disse que aqui resolvia e iria aguardar Dr. Isabel, que viria hoje, viria amanhã e até agora a médica especialista não apareceu. Ontem (quinta-feira, 7) com toda a história da morte de Dr. Fanão ela se recusou a atender minha irmã porque não estava em condições, estava muito abalada, mas prometeu que hoje iria fazer o procedimento.

Minha irmã está sem se alimentar desde a meia noite e nada da médica. Então, eu quero saber do hospital (Hospam) como é que fica a situação da minha irmã. Se eu pedi a transferência quando ela chegou e agora é que vieram começar a gerar senha para levar ela.

Eu só quero dizer o seguinte, vou entrar com os meus direitos e vou entrar com uma ação contra o hospital. Outros que entraram não conseguiram não, agora eu consigo. Eu quero saber se no Hospam tem diretor, queria ver o outro lado da moeda, o que João Antônio ia dizer na minha cara, frente a frente.

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