Pediatra acusado de estupro de 6 crianças é preso em PE - Foto: Reprodução/TV Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

Com informações da Folha de Pernambuco

Na última sexta-feira (7), a Polícia Civil da Paraíba prendeu o médico pediatra Fernando Cunha Lima, de 81 anos, em um imóvel alugado no município de Paulista, Pernambuco, onde ele vivia com a esposa. O médico era procurado desde novembro de 2024 por suspeita de estupro de seis crianças que eram atendidas em seu consultório em João Pessoa.

Segundo o delegado Rafael Bianchi, da Draco, Cunha Lima estava escondido há meses na cidade de Paulista, após fugir de um endereço no bairro Casa Forte, no Recife, onde se abrigava na casa da filha. “Ele se deslocou para a cidade de Paulista, pulou para diversos endereços, e hoje nos revelou que estava neste endereço já fazia alguns meses. Disse que não estava tendo contato com os familiares, apenas por telefone”, afirmou Bianchi.

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As investigações começaram em agosto do ano passado, quando uma mãe denunciou que o médico teria tocado nas partes íntimas de sua filha durante uma consulta. Após a denúncia, outras vítimas relataram abusos semelhantes. Cunha Lima nega as acusações e afirmou que não permanecerá preso por ser uma “pessoa doente”.

Após a prisão, o médico foi levado para a Central de Polícia em João Pessoa, onde realizou exame de corpo de delito. Ele aguarda audiência de custódia em Pernambuco, local onde foi detido. A defesa do acusado entrou com um habeas corpus contra o deslocamento para João Pessoa, mas a Justiça determinou que a audiência ocorra em Pernambuco. Ainda segundo a defesa, desde 21 de fevereiro, Cunha Lima solicitou cumprir a prisão no Recife, onde teme por sua integridade física e onde reside parte de sua família. No entanto, o delegado Rafael Bianchi afirmou que o próprio médico pediu para ser levado a João Pessoa, onde tem familiares.

Sobrinha relata abusos na infância

Gabriela Cunha Lima, sobrinha do médico, revelou ter sido vítima de abusos sexuais cometidos pelo tio em 1991, quando tinha nove anos. O crime ocorreu em uma casa de praia do acusado em João Pessoa. Ela manteve o silêncio por dois anos, compartilhando o ocorrido apenas com uma prima. “Ter um estuprador de criança a menos na rua é motivo de conforto. Você ter o seu estuprador na prisão depois de 33 anos é um motivo de alívio, de muito alívio”, declarou Gabriela.

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Na época, não houve denúncia formal, mas o caso causou um rompimento familiar. Gabriela e outras sobrinhas foram incluídas no processo como testemunhas, já que os crimes contra elas prescreveram.