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FOTOS: ALEJANDRO GARCIA / FAROL

Ele é do interior da Paraíba, mas reside em Serra Talhada desde 1969, onde constituiu família e admite que não troca a capital do xaxado por nada deste mundo. Antonio Leopoldo de Lima, 61 anos, trabalha numa oficina pequena no bairro do Bom Jesus, e resiste numa arte que está quase em extinção: mestre na fabricação de celas, gibões e acessórios para vaqueiros.

“Comecei a trabalhar como celeiro com 13 anos de idade e também na roça. Sempre fiz isso: roça e cela. Tenho uma rocinha que a seca acabou tudo e quem me salvou foi o serviço de celaria”, disse seu Antonio, orgulhoso do que faz. “Já fiz celas para Mato Grosso, Rio de Janeiro, Maranhão e até Rondônia”.

Com uma rotina dura de trabalho, o artesão ainda reserva tempo para estudar. Quando sai da oficina, no final da tarde, ele se arruma e vai para escola de educação de jovens e adultos, no bairro da Malhada, um exemplo para os dois filhos, que optaram pela roça e pararam os estudos. Mas ele fez uma opção diferente.

“Eu me considero um artista do couro e estou feliz em minha vida. Estou estudando porque me esqueci e voltei as atividades. Passo o dia trabalhando e vou estudar. Gosto de estudar porque quero aprender o que eu não sei”, reforçou Antonio de Lima.

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