OPINIÃO: Divergências da pesquisa do Instituto Conecta em ST

Por Paulo César Gomes, escritor, pesquisador, historiador, colunista do Farol e Apresentador da TV Farol

Pesquisas eleitorais tradicionalmente rendem bons debates. Dessa vez as divergências giram em torno da pesquisa Instituto Conecta, que apresentou dados do cenário político visando as eleições de outubro.

Um detalhe controverso é o fato de que o levantamento estatístico foi custeado pelo Avante, partido aliado da candidata à reeleição, Márcia Conrado (PT).

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Independente disso, os dados da pesquisa são normais, levando em consideração que a margem de erro é de 4,60%, em um universo de 450 pessoas entrevistadas em apenas um dia.

Conforme o levantamento, a prefeita Márcia Conrado seria reeleita com 61%, quase 33 mil votos. Cinco mil votos a mais em relação aos obtidos em 2020.

Em relação ao Dr. Luiz Pinto (PSOL/REDE) e a Jucélio Souza (PL), ambos com 1%, o dígito não reflete a realidade, isso porque certamente eles terão bem mais que os 500 votos apontados pelo Conecta.

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E A SURPRESA? ANÁLISE DE DADOS DO CONECTA

A grande surpresa é sem dúvida os números de Miguel Duque (Podemos) com 23%, um número expressivo para quem até então não havia disputado nenhuma eleição.

Uma das coisas que impressionam no levantamento do Instituto Conecta é a semelhança com os números do Instituto Multipla/Farol, do dia 15 de agosto de 2016, quando o então candidato à reeleição, Luciano Duque, aparecia com 62,3% das intenções. Já Victor Oliveira possuía 21,3% dos votos, e na terceira colocação, Otoni Cantarelli tinha 1,3%.

Se as semelhanças entre 2016 e 2024 continuarem, teremos uma polarização ainda mais intensa entre Márcia e Miguel, e uma eleição muito disputada até o dia 6 de outubro.

Em 2016, Duque venceu com 55% dos votos válidos, e Victor obteve 44%. Resta saber o que os astros reservam para 2024.

APROVAÇÃO DE MÁRCIA APRESENTA UMA PEQUENA OSCILAÇÃO PARA CIMA

A pesquisa do Instituto Conecta, também aferiu a avaliação da gestão de Márcia Conrado. De acordo com o levantamento 72% aprovam a sua gestão, enquanto 22% desaprovam. 6% não sabe/não respondeu.

Em setembro de 2022 a aprovação era de 73,9$. Já em abril de 2023 a aprovação era 64,78%. Para que Márcia possa ter uma reeleição segura é preciso superar a casa do 80%.

Vale registrar os investimentos realizados em publicidade e a guinada no comando do marketing da prefeita.

Enquanto isso, a oposição tenta colar o rótulo de má gestora, ao mesmo tempo que a base governista bate cabeça para explicar as questões dos combustíveis, das estradas da zona rural e 9 milhões do Fundeb.

Falta a Márcia assessores como mais rodagem política e jogo de cintura para rever o discurso oposicionista.