O enterro do comandante Daniel Galvão, de 36 anos, piloto do Globocop que caiu na orla do Recife, foi marcado pela emoção e boas recordações. Ele foi sepultado, no Cemitério de Santo Amaro, na região central da capital, nesta quarta-feira (24). A aeronave, que prestava serviço à TV Globo, caiu no mar na terça-feira (23), deixando dois mortos e um ferido.
Para o pai do piloto, Geraldo Galvão, o filho foi um herói. “Estou me sentindo como o pai de um herói. Ele ia cair em cima das casas, a tragédia seria maior. Ele desviou das casas para não ter mais mortes. Realmente, morreu como um herói. Isso que está me confortando um pouco porque a saudade, a lacuna que deixou, é muito grande”, pontuou o pai.
Por volta das 11h, parentes e amigos seguiram em cortejo da funerária, localizada na Rua Pedro Afonso e onde ocorreu o velório, até o cemitério. Chorando muito, mãe foi amparada por um dos irmãos de Daniel. O comandante foi sepultado sob salva de palmas e orações. Um versículo da bíblia foi lido por um representante religioso.
Bastante emocionada, a tia de Daniel, Gleide Macêdo, disse que a família, católica, está se apegando a Deus para suportar a dor da perda. “Ele foi no melhor momento da vida dele. Feliz no casamento, feliz profissionalmente. Então, Deus o recolheu como ele queria. Daniel amava aviação. Sei que Deus vai nos fortalecer para suportar essa ausência porque a perda dói demais, dói muito”, comentou.
A tia, assim como os presentes no momento da despedida, relembrou o perfil exemplar e carinhoso do sobrinho. “Ele era muito responsável. Se ele, realmente, fez isso de optar por cair na água é porque sabia da gravidade [do acidente]. Ele era uma pessoa muito justa em tudo. Ele sempre se colocava perante as injustiças, era correto. É isso que queremos lembrar dele, dessa pessoa linda”, completou.