Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García
Em mais uma assembleia, nesta sexta-feira (29), os servidores em educação de Serra Talhada foram convencidos a dar uma ‘colher de chá’ ao prefeito Luciano Duque (PT) e deram ‘marcha ré’ votando pela suspensão da greve até o próximo dia 9 de maio, como estratégia de conter as retaliações do governo Luciano Duque. De acordo com os professores e o Sintest há a ameaça de corte de ponto dos professores por causa da paralisação. Apesar do retorno das aulas nesta segunda-feira (2), a categoria organizou um calendário de manifestações para continuar reivindicando os nove pontos de pauta. A intenção é levar um pelotão de protesto para o desfile cívico do dia 6 de maio, no aniversário da cidade.
“Na verdade, pelo que vejo é que a estratégia do governo é conter nossa negociação para que no dia de pagamento, dia 5, nossos salários já venham com cortes, desse jeito eles querem que a nossa categoria fique impaciente devido a pressão de ter o salário cortado e nos vencer pelo cansaço, pois vamos precisar do salário integral para pagar as contas”, desabafou a professora Emília, em conversa com o FAROL. Já segundo o presidente do Sintest, Sinézio Rodrigues, a categoria está agindo de forma sensata com o governo.
“A pauta de reivindicações da categoria tem nove pontos, o governo está com uma choradeira, mas nós estamos propondo que o governo resolva de imediato três pontos de pauta e depois que honrarem esses três pontos, que é o reajuste de 11,36% dos professores e o retroativo referente a janeiro, o retroativo dos aposentados desse ano e o retroativo dos funcionário do Fundeb 40, nós negociaríamos os outros seis pontos”, explicou Rodrigues.
O FAROL acompanhou a reunião e registrou as principais demandas dos professores e servidores do município. Enquanto a representante dos aposentados protestava pela continuidade da greve, os professores afirmaram que os atos conscientizariam toda a comunidade escolar e a sociedade serra-talhadense. “Não podemos permitir que a suspensão da greve desanime os servidores, vamos para as ruas e não ficar em casa. Acho uma boa proposta os protesto no desfile e no dia 9”, ratificou outra professora, Patricia Oliveira.
Patrícia Oliveira foi um das servidoras que apoiaram e votaram pela suspensão temporária da greve; mas os servidores continuarão no embate com o governo
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