Com informações do Metrópoles
Todos os dias, ao sair de casa, somos surpreendidos por um belo céu azul. Apesar de parecer simples, esse fenômeno envolve princípios da física e da interação da luz solar com a atmosfera terrestre. Em outros planetas, por exemplo, o céu pode apresentar cores completamente diferentes, como vermelho, amarelo ou até preto.
“A cor do céu é definida pela interação da luz do Sol com a atmosfera do planeta. A luz é branca, ou seja, emite toda a faixa do visível, do vermelho ao violeta. Do choque da onda luminosa com as partículas da atmosfera, resulta a cor do céu. Esse desvio se chama espalhamento”, explica o professor e doutor em astrofísica Adam Smith Gontijo, da Universidade Católica de Brasília (UCB).
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O que é o espalhamento?
O espalhamento é um processo físico que ocorre quando as ondas eletromagnéticas, como a luz, encontram partículas de tamanho semelhante ou menor que o comprimento de onda da luz.
“É como se a trajetória da luz fosse desviada pela partícula, perdendo alguma intensidade no processo. O espalhamento é o que justifica a cor, porque dependendo de qual intensidade vai ser privilegiada nesse espalhamento, nesse choque com a partícula, vai ser definido o que a gente vai enxergar. O azul do céu acontece porque ele tem um menor comprimento de onda, logo, uma maior intensidade”, detalha Gontijo.
As cores do céu em outros planetas
O astrofísico explica que a cor do céu varia em outros planetas devido à composição de suas atmosferas. Em Marte, por exemplo, o céu é alaranjado ou avermelhado; em Vênus, amarelo para laranja; em Mercúrio, preto; em Júpiter, azul acinzentado; em Saturno, azul amarelado; e em Netuno, azul intenso.
“O que faz os outros planetas terem outras cores na sua atmosfera é a composição. O sol continua o mesmo, mas a atmosfera muda”, esclarece Gontijo.
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A influência da poluição
A meteorologista Andrea Ramos, que atua em Brasília, ressalta que a poluição atmosférica também pode alterar a cor do céu. Partículas como poeira, fumaça e aerossóis, provenientes de atividades humanas ou naturais, aumentam a dispersão da luz, afetando todas as cores.
“Em áreas com alta poluição, o céu pode apresentar tons de cinza, amarelo ou até mesmo marrom. Em casos mais graves, como durante queimadas ou inversões térmicas, pode ficar com uma coloração alaranjada ou avermelhada. Essa mudança de cor serve como um alerta para a qualidade do ar e os riscos à saúde”, alerta.