
Com informações do G1
O aumento repentino no preço das corridas por aplicativo tem causado indignação entre usuários de São Paulo neste mês de dezembro. Diante das reclamações, a Prefeitura notificou as plataformas Uber e 99 para que expliquem por que os valores cobrados quase triplicaram em alguns trajetos na capital paulista.
Segundo o Procon Paulistano, órgão ligado à Secretaria Municipal de Justiça, a cobrança de preços considerados desproporcionais, sem uma justificativa técnica ou econômica clara, pode configurar prática abusiva. Para a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), a situação levanta dúvidas sobre o respeito aos princípios de transparência e modicidade previstos no Código de Defesa do Consumidor.
Receba as manchetes do Farol primeiro no canal do WhatsApp (faça parte)
De acordo com relatos de usuários, bastou a virada do mês para que corridas comuns ficassem muito mais caras. Um trajeto entre os bairros Jardins e Mooca, por exemplo, passou de cerca de R$ 35 em novembro para R$ 95 no início de dezembro. Casos semelhantes se repetem em diferentes regiões da cidade e em variados horários.
A insatisfação ganhou força nas redes sociais. Um desabafo publicado pela comunicadora Nanda Xie viralizou e reuniu milhares de comentários de pessoas relatando aumentos expressivos, inclusive fora da capital e do estado. Muitos dizem que deixaram de usar os aplicativos e passaram a optar pelo transporte público, especialmente durante a madrugada.
Os fatos de Serra Talhada e região no Instagram do Farol de Notícias (siga-nos)
Procuradas, as empresas afirmaram que os preços mais altos são resultado do aumento da demanda típico do período. A Uber explicou que utiliza a chamada tarifa dinâmica quando há mais pedidos do que motoristas disponíveis, mecanismo que, segundo a empresa, serve para incentivar parceiros a se conectarem ao aplicativo. Já a 99 destacou que fatores como trânsito intenso, chuva e número de solicitações influenciam diretamente no valor final da corrida.
As plataformas têm prazo de dez dias para responder ao Procon e esclarecer, entre outros pontos, como funciona a política de preços, se existe teto tarifário e quais medidas são adotadas para evitar abusos. Caso não atendam à notificação, poderão sofrer sanções administrativas, incluindo multas e até suspensão temporária das atividades na cidade.