
o Sindicato dos Profissionais do Magistério de Calumbi (SINDUMPRON), enviou nota à redação do Farol de Noticias, nessa terça-feira (6), protestando contra a gestão do prefeito Joelson, que segundo o sindicato, não vem cumprido acordos, desvalorizando os professores.
O pivô do protesto é a proposta de reajuste salarial à categoria.
NOTA PÚBLICA DO SINDUMPRON
Os professores da rede municipal de ensino de Calumbi, no Sertão de Pernambuco, estão decepcionados com a proposta de reajuste salarial enviada pelo prefeito Joelson ao Legislativo. O projeto prevê um aumento de apenas 6,27% para 2025, sem retroatividade a janeiro, o que, segundo a categoria, representa mais um capítulo da política de desvalorização do magistério no município.
De acordo com o Sindicato dos Profissionais do Magistério de Calumbi (SINDUMPRON), os professores estão com os salários defasados desde 2022, ano em que o reajuste do piso nacional foi de 33,24%, mas o gestor concedeu apenas 20%, acumulando uma perda salarial de 13,24%.
Mesmo com a correção parcial em 2024, ainda resta uma defasagem de 5%, que continua afetando diretamente o salário-base dos docentes em início de carreira — em desacordo com a Lei Federal 11.738/2008, que estabelece o piso nacional do magistério como valor mínimo de vencimento, sem incluir gratificações ou vantagens.
Durante todo o primeiro trimestre de 2025, representantes do SINDUMPRON estiveram reunidos com o prefeito em diversas ocasiões, na tentativa de negociar o reajuste de 10% pleiteado pela categoria, mas não houve avanços significativos.
A decepção aumentou após Joelson divulgar, em suas redes sociais, o resultado do Sistema de Avaliação da Educação de Pernambuco (SAEPE), no qual Calumbi superou a média estadual — feito atribuído ao esforço conjunto de professores, alunos e suas famílias. O resultado garante ao município acesso aos recursos do VAAR (Valor Aluno Ano Resultado), uma complementação do Fundeb para redes que alcançam metas de desempenho.
“Esperávamos que o prefeito cumprisse sua palavra e recompensasse a categoria, caso o resultado do SAEPE fosse positivo. Infelizmente, isso não ocorreu. A proposta de 6,27% ignora nossa defasagem acumulada e não retroage a janeiro, o que prejudica ainda mais nossos salários”, reforça a diretoria.
Além da insatisfação com os salários, os professores também denunciam o estado de abandono da estrutura das escolas municipais. Segundo o SINDUMPRON, nenhuma das unidades possui climatização adequada, o que tem afetado o desempenho dos estudantes.
A Escola Lourival, por exemplo, estaria em avançado estado de degradação. “É vergonhoso ver o descaso com a educação, enquanto o município recebeu mais de R$ 12 milhões do Fundeb para 2025. Se houvesse boa gestão, seria possível valorizar os professores e investir nas escolas”, afirma o sindicato.
FUNDEB JANEIRO E FEVEREIRO FOI GASTO 59% R$ 1.419.092,85 COM A FOLHA DE PAGAMENTO DOS 70% PORTANTO FICOU EM CONTA 11% 259.654,93 PARA CUMPRIR O GASTO MÍNIMO EXIGIDO, ISSO SIGNIFICA QUE TEM RECURSO O SUFICIENTE PRA DAR O AUMENTO DE 10%, SÓ NÃO TEM SE AUMENTAREM O GASTO DE PROPÓSITO PRA NÃO DAR O AUMENTO.
GASTOS COM COMBUSTÍVEL
Outro ponto que gerou indignação foi o gasto de R$ 29 mil com combustível apenas nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, sendo que a Secretaria de Educação possui apenas um veículo, utilizado para distribuição da merenda escolar. A categoria cobra explicações sobre o que considera “gastos desnecessários” e exige mais transparência na aplicação dos recursos públicos.
Este é o quarto mandato de Joelson à frente da prefeitura de Calumbi. Conforme relatos dos professores, todos os anos o reajuste do piso salarial tem sido feito com atraso de cerca de quatro meses e sem efeito retroativo, o que agrava a defasagem salarial da categoria.
“O prefeito não é dono do dinheiro público, é empregado do povo. Deve dar o exemplo de honestidade e transparência. Exigimos respeito, valorização e o cumprimento da lei”, conclui a nota do sindicato.
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