Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García
Cerca de 400 professores da Rede Municipal de Ensino (RME) decidiram paralisar as atividades durante dois dias, em protesto contra o governo Luciano Duque que ainda não acenou com uma contra-proposta para a categoria. A decisão aconteceu nesta segunda-feira (11), durante assembleia na Câmara de Vereadores. Os docentes reivindicam reajuste salarial de 13% no salário básico de todos os servidores com relação ao exercício 2016 e pagamento do retroativo dos aposentados referente ao ano de 2015, entre outras propostas.
“Nós estamos com a pauta de reivindicação junto ao governo municipal composta por oito pontos, que a partir da assembleia passou para dez. A categoria decidiu paralisar as atividades hoje e quarta-feira (13) por 24 horas e, também, paralisação na próxima segunda-feira (18) com realização de uma assembleia da categoria. Se não tiver um retorno do governo vai parar as atividades por tempo indeterminado”, declarou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintestt), Sinézio Rodrigues, fazendo uma ponderação.
“Surgiu uma proposta de paralisação por tempo indeterminado, uma vez que desde a última assembleia a gente já estava de greve, mas submetido a votação a grande maioria preferiu fazer essas paralisações ‘pingue-pongue’ no sentido de esperar uma posição do governo e manter um diálogo. Eu espero que não seja a greve, espero bom senso de ambas as partes, que seja um acordo que favoreça todos os trabalhadores, a comunidade escolar e o próprio gestor”, reforçou Rodrigues, que além de sindicalista é vereador da base do prefeito Luciano Duque.
SEM PRESSÃO
Durante entrevista ao FAROL, Sinézio Rodrigues deixou claro que o sindicato pretende buscar um acordo com o governo Duque, sem ter que ir ao extremo de deflagrar uma greve por tempo indeterminado.
“Por mais difícil que tenha sido nossas lutas, a gente tem sempre buscado um acordo que favoreça as duas partes. Acredito que nessa campanha 2016, nessa campanha salarial não será diferente. Nós temos uma divergência com o governo com relação a pagar a cima do piso ou não. Entendemos que a política de valorização do servidor, ela tem que existir, os gestores municipais que não têm a capacidade financeira de acompanhar essa política de valorização, inclusive, superior ao piso, tem que buscar fazer um enfrentamento com o governo federal, no sentido de que o governo federal mude a lei, favorecendo os municípios com mais verbas, com mais condições”, reforçou.
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