PROTESTO: Motoristas de ambulância acampam em frente à casa de Eduardo CamposUm grupo de 40 motoristas de ambulância que prestam serviço para o Governo do Estado realizam um protesto, na manhã desta quarta-feira (8), em frente à casa do governador Eduardo Campos, no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife. Eles protestam contra a demissão por justa causa de 60 motoristas ocorridas desde dezembro de 2013.

O grupo está reunido em frente a residência de Campos desde as 6h30, mas ainda não foi recebido pelo governador ou por qualquer outra pessoa. Eles garantem que só deixaram o local após serem atendidos. No momento, apenas a segurança pessoal de Eduardo está no local.

Segundo o grupo, as demissões em massa teriam tido o objetivo de permitir a redução de salário dos motoristas; que passaria de R$ 1.400 para pouco mais de mil reais. O primeiro grupo, composto por 21 motoristas, foi demitido no dia 3 de dezembro.

Segundo a categoria, o secretário estadual da Casa Civil, Tadeu Alencar (PSB), teria dado uma entrevista à uma rede de televisão na época e prometido que ninguém seria demitido, o que não se concretizou.

Outras duas manifestações já haviam ocorrido nos dias 4 e 27de dezembro. O grupo promete continuar no local até ter uma resposta de Eduardo.

SECRETARIA NEGA DEMISSÕES

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) emitiu nota na manhã desta quarta-feira (8) negando que houve influência do governo nas demissões dos motoristas. Confira a nota na íntegra:

“A Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que não demitiu funcionários ligados à empresa Higiene, pois nunca possuiu vínculo empregatício com esse grupo de motoristas. A SES mantém um contrato de locação de veículos com a Higiene, que está funcionando plenamente neste momento, atendendo os hospitais da rede. Ressaltamos que a contratação e a demissão, assim como a escolha dos funcionários, são feitas exclusivamente pela empresa, com a qual a SES está em dia nos pagamentos. A questão trabalhista entre o grupo de funcionários e a Higiene está sendo resolvida entre o sindicato da categoria e a empresa com intermédio do Ministério Público do Trabalho, que é o fórum adequado para resolução de tal questão.”

( Do Ne 10)