Lula-e-MarisaO PT promete contra-atacar a denúncia do Ministério Público sobre Lula. A tática é subir o tom e dizer que está em curso um “golpe continuado” para impedi-lo de voltar à Presidência em 2018. A sigla quer intensificar a campanha internacional iniciada no impeachment. Para braços da Lava Jato, a apresentação da denúncia tal como foi feita pode ter “carregado na tinta” para além do tríplex, o que acentuará reações. Tucanos concordam e temem risco de vitimização do ex-presidente.

Significa? O PSDB preferiu ser econômico na nota divulgada após a apresentação do Ministério Público. Sequer cita Lula. “O problema dele é com o Moro, não com o Aécio”, sustenta um tucano.

Casa cheia Grupos do partido convocaram militantes para comparecer à entrevista do ex-presidente durante a reunião da direção petista. A ideia é reproduzir o clima de sua fala no dia em que houve a condução coercitiva.

Cicatriz Apesar de pintados para a guerra, é ponto quase unânime que a denúncia já causou um dano sem precedentes à imagem de Lula.

Alistamento O PT quer que a defesa do ex-presidente entre na agenda dos movimentos sociais, de todas as instâncias partidárias e das bancadas no Congresso. Reclama que somente o presidente da legenda, Rui Falcão, tem feito o “enfrentamento”.

Última chance Para o partido, o contra-ataque é necessário para evitar o próximo passo: a eventual prisão de Lula. “Ou reagimos agora ou adeus”, diz um dirigente.

Régua eleitoral Aliados de Fernando Haddad (PT) em SP medem possíveis impactos da ação contra o ex-presidente pela Lava Jato.

Vem comigo? Mesmo diante do racha tucano, a campanha de João Doria (PSDB-SP) ainda espera ter Fernando Henrique Cardoso nos programas eleitorais.

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