Do G1 Mundo

A saída simultânea dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica foi noticiada pelos maiores jornais do mundo nesta quarta-feira (31).

Edson Pujol, do Exército; Ilques Barbosa, da Marinha, e Antônio Carlos Moretti Bermudez da Aeronáutica pretendiam apresentar um pedido de demissão conjunto, mas o presidente Jair Bolsonaro se antecipou e determinou que eles não permaneceriam.

New York Times

Queda de líderes militares no Brasil tem repercussão internacional

O “New York Times” publicou que a saída dos líderes militares “deu combustível a especulações sobre um rompimento de relação entre o presidente e os militares do país, que tiveram um papel central na gestão Boslonaro”.

Washington Post

Queda de líderes militares no Brasil tem repercussão internacional

O “Washington Post” fez uma reportagem que inclui a reforma ministerial e a demissão dos comandantes. As saídas dos líderes militares “emitiram ondas de choque políticas pelo maior país da América Latina, precipitando o momento mais incerto dos dois anos de presidência de Jair Bolsonaro”. Para o jornal,”o Brasil agora precisa enfrentar o que os analistas de saúde pública dizem que podem ser as piores semanas da pandemia com uma série de novas autoridades e uma estratégia nacional incoerente”.

O texto afirma que “as movimentações súbitas —algumas delas aguardadas, outras não— sugerem que há um desespero político no palácio presidencial”.

Wall Street Journal

Queda de líderes militares no Brasil tem repercussão internacional

No texto sobre a crise no “Wall Street Journal”, lembra-se que o presidente e seus filhos são entusiastas da ditadura militar brasileira e que seus apoiadores já foram às ruas para pedir um regime militar. “No entanto, muitas figuras com senioridade entre os militares ficaram desconfortáveis com algumas nomeações, que incluíram o general Eduardo Pazuello para liderar o Ministério da Saúde até que ele renunciou, há pouco tempo, e com uma politização das forças armadas”, escreve o jornal.

Também é lembrado que em novembro, quando Joe Biden fez críticas sobre a aceleração do desmatamento na Amazônia, Bolsonaro ameaçou defender a Amazônia “com pólvora”.

BBC

A BBC publicou um texto com destaque para a situação da pandemia de Covid-19 no país,mas também discorre sobre as mudanças em Brasília. “O correspondente para a América Latina da BBC, Will Grant, diz que Bolsonaro enfrenta agora sua maior crise política desde que assumiu, em janeiro de 2019. O presidente é uma figura divisiva que já criou controvérsias com comentários racistas, homofóbicos e misóginos”.

The Times

O “The Times”, do Reino Unido, afirma que a crise aconteceu depois de relatos de que Bolsonaro pediu mais demonstrações de apoio público dos chefes militares: “Acredita-se que ele procurou apoio para sua campanha contra os lockdowns impostos por governadores estaduais em meio a uma escalada da pandemia de coronavírus”.

The Guardian

Queda de líderes militares no Brasil tem repercussão internacional

O texto do “Guardian” diz que o anúncio da demissão dos três comandantes é um terremoto político que atinge um país que já tinha que lugar contra um dos piores surtos de coronavírus do mundo.

Deutsche Welle

A Deutsche Welle, da Alemanha, afirma que Bolsonaro está demitindo e contratando novamente. No texto, fala-se também das mudanças ministeriais, especialmente a saída de Ernesto Araújo do Ministério de Relações Exteriores.

Clarín

O “Clarín”, da Argentina, publicou uma análise de Marcelo Cantelmi sobre o Brasil. Para ele, as mudanças nos ministérios e a queda dos comandantes são “uma tentativa desordenada” de Bolsonaro de recuperar a iniciativa política.

Na reportagem em que descreve a queda dos líderes militares, o jornal também lembra do momento em que o general Edson Pujol, de máscara, cumprimentou Bolsonaro, sem máscara, com o cotovelo.

La Nación

O “La Nación” começa o texto dizendo que o Brasil vive sua maior crise militar da história recente.

Al Jazeera

Queda de líderes militares no Brasil tem repercussão internacional

A rede Al Jazeera, do Catar, publicou que o comunicado que anunciava a saída dos comandantes militares não dava nenhum detalhe.