“Nunca dei tanto duro como de um ano para cá”, diz a morena Pérola di Oliveira, 29, mais conhecida pelo nome artístico Pérola Mineira, que pode ser visto em inúmeros créditos de filmes pornográficos.
A loira Hilda Brazil, 28 anos, nove dos quais dedicados ao mercado pornô, concorda. De janeiro para cá, recebeu convites para estrelar cinco filmes. “Não dei conta de todos”, diz ela, que até então participava em média de seis produções por ano.
O crescimento da oferta de trabalho ocorre porque estrangeiros voltaram em revoada a filmar pornografia no Brasil, depois da forte desvalorização do dólar em 2015, segundo produtores, diretores e atores desse mercado.
Binho Hard, da produtora Hard Brazil, gravou por encomenda de estrangeiros mais de uma dúzia de cenas no ano passado, totalizando seis longas –o triplo de 2014.
“Às vezes um diretor vem, mas na maioria dos casos eles passam o que querem por e-mail ou Skype.” Muitas vezes faz-se a seleção dos atores por aqui e o material é enviado já pronto, editado. Indicado em 2015 à categoria melhor filme hétero do prêmio Sexy Hot, maior láurea nacional do pornô, Hard vende uma cena por US$ 5.000 (R$ 18.000).
Folha de São Paulo