Fotos: Farol de Noticias-Licca Lima
Prevaleceu a matemática. Foi aprovado, nesta terça-feira (27), o Projeto de Lei 025-2025 enviado pela prefeita Márcia Conrado (PT), que cria novas regras para os serviços públicos essenciais, tais como abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos urbanos e de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas de Serra Talhada.
O projeto foi aprovado em duas votações por 12 votos a 4. Ou seja, o vereador China Menezes não seguiu o ‘rolo compressor’ do governo e votou com a oposição. A resistência dos oposicionistas foi a ausência de um diálogo aberto com a sociedade, através de audiências públicas. Por outro lado, há uma desconfiança de que há algo danoso à população, como a criação de uma ‘taxa de esgoto’, que pode vir ser a criada dentro em breve.
O embate começou no início da sessão, quando o professor e colunista do Paulo César Gomes, presidente do Instituto Histórico Geográfico e Cultural de Serra Talhada (IHGCST), utilizou a tribuna e defendeu um debate mais apurado sobre o assunto.
No final, após a aprovação da proposta, PC Gomes mostrou a sua indignação.
“O projeto não deixa claro quais são os benefícios para a população, é inconstuticional. Conforme a Compesa, uma lei de 2021 estabelece micro-regiões. Nenhum município tem autonomia individual de promover ações ligadas ao saneamento. Mas o projeto está dentro de uma ação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), soubemos de última hora, e prevê uma liberação de R$ 29 milhões para o município”, disse Paulo César, explicando:
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“O que mais importou neste momento foi a arrecadação destes valores, pouco importando com os malefícios e questões ligadas ao meio ambiente. Do jeito que se encontra, vai ter um dano sério ao meio ambiente e ao Rio Pajeú. O procurador jurídico tentou politizar o debate. Repudiamos isso. Estávamos na defesa da sociedade”.

MOMENTO TENSO COM O PORTA-VOZ
Durante a sessão ordinária alguns momentos foram tensos, principalmente durante o confronto direto entre o vereador André Maio, que teve uma emenda derrotada, e o procurador jurídico da Prefeitura de Serra Talhada, Cecílio Tiburtino, que usou de ironia.
“Ele usou um pouco da arrogância, e se acha o senhor absoluto do direito. Faltou humildade e sensibilidade, Nossa parte foi feita. Vamos procurar o MPPE já que a Compesa se manifestou no sentido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) se manifestar. Espero que o maior prejudicado não seja o cidadão, com altas taxas, e o meio ambiente seja degradado”, reforçou Paulo César Gomes.
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