Samu: Sebastião diz que governo Duque precisa assumir “incompetência” por atraso na obraO deputado estadual Sebastião Oliveira (PR) teceu duras críticas contra a Prefeitura Municipal de Serra Talhada (PMST) quando questionado, durante entrevista de rádio nesta quinta-feira (30), sobre o atraso nas obras do Samu no município. De acordo com o parlamentar, o governo Luciano Duque precisa assumir a própria “incompetência” e “desorganização” pela demora na inauguração do serviço, já que o Governo de Pernambuco e a União teriam cumprido todas as obrigações inerentes a cada órgão em relação à obra.

“Já estou acostumado com essa história de que tudo de ruim que acontece em Serra Talhada fica a culpa para o deputado Sebastião Oliveira, para Inocêncio Oliveira… E quando acontece qualquer erro de gestão, de administração (municipal), a culpa é jogada para o Governo do Estado, ou em cima dos deputados. Mas, na realidade, a prefeitura precisa assumir a sua própria incompetência e desorganização com relação ao que está acontecendo no Samu”, acusou.

Segundo Sebastião Oliveira, a escolha do terreno – localizado após o bairro Vila Bela e distante cerca de 300 metros da BR-232 -, é uma das provas de que o município errou no planejamento. O deputado rebateu ainda a informação do secretário de Saúde do município, Luiz Aureliano, que garantiu, recentemente, que a pavimentação da pista de acesso à rodovia seria obrigação somente do Governo de Pernambuco. Mas, para Sebastião, o poder estadual cumpriu em 100% com a contrapartida.

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“A pista de acesso à BR-232 não é obrigação do Governo do Estado, até porque quem escolheu aquele terreno foi a prefeitura, que poderia ter escolhido um local onde já tivesse acesso. A prefeitura escolheu aquele terreno por um casuísmo político da época, quando um empresário ofereceu apoio ao prefeito Luciano Duque. E todo mundo sabe disso”, revelou o ex-candidato a prefeito de Serra Talhada.

CARTA DE INTENÇÕES

Samu: Sebastião diz que governo Duque precisa assumir “incompetência” por atraso na obra

Ainda, segundo o deputado Sebastião Oliveira, o município – diante os atrasos na conclusão do prédio do Samu – no final do ano passado havia pactuado uma nova data de inauguração, marcada para 15 de janeiro de 2014. O que acabou não acontecendo. O parlamentar revelou que, na carta de intenções firmada entre a prefeitura e o poder estadual, não existia a obrigação do Estado pavimentar o acesso à BR-232. Em meio à polêmica, no final de dezembro, o prefeito Duque anunciou outro prazo, agora, para 24 de janeiro, que novamente não foi cumprido.

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“Eles (Governo Municipal) estão pagando por erro de estratégia, erro da escolha do terreno, estão pagando por erro de desorganização do cronograma… Foi repactuado para o Samu ser entregue dia 15 de janeiro, e na realidade, na carta de intenções entre o Governo do Estado e o município em momento algum reza (ao Governo do Estado) o acesso àquele terreno, que pertencia a um empresário de Serra Talhada que o cedeu em troca de apoio ao prefeito Luciano Duque”, reforçou Sebastião, complementando:

“Fizeram o Samu naquela região extremamente afastada da cidade e que tem uma dificuldade enorme, tanto na sondagem do terreno, devido a questão do solo, como no acesso. Então, se o município escolheu construir lá, a obrigação do acesso é do município e não do Estado de Pernambuco que já cumpriu todas as obrigações”.

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DERRAPOU NA CURVA

Afirmando que a gestão Luciano Duque “derrapou na curva” frente à falta de organização administrativa com relação à construção e localização das obras, o pré-candidato a deputado federal afirmou ainda que, até o final do ano passado, a prefeitura não havia colocado R$ 1 na construção do prédio. E que não irá abrir mão da prerrogativa de apontar erros da gestão duquista.

“Incomode a quem incomodar, mas se for preciso continuar usando a minha voz e o meu mandato para defender a população de Serra Talhada eu vou continuar fazendo isso”, alertou Sebastião Oliveira, concluindo: “Falta o município fazer a mea culpa e explicar à população por que escolheu aquele local para fazer a construção. Quando mais uma vez foi pactuada a data para inauguração em 15 de janeiro, a prefeitura derrapou na curva e não entregou. Então não dá para não falar e tecer críticas”.