Os protestos que impedem o policiamento no Espírito Santo chegam ao 5º dia, e o estado já registrou 90 mortes violentas, segundo Sindicato dos Policiais Civis. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) ainda não tem um balanço.

Nesta quarta-feira (8), os ônibus não circulam na Grande Vitória. Escolas e faculdades estão fechadas, postos de saúde e prefeituras não terão atendimento. Alguns bancos e shoppings também não estão funcionando.

Famílias de PMs fazem manifestações bloqueando as portas de batalhões. Elas pedem reajuste salarial para a categoria, que é proibida de fazer greve. Sem todo o efetivo da PM nas ruas, o estado vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos.

Reunião
A reunião entre mulheres de PMs, associações dos militares e deputados estaduais e a senadora Rose de Freitas (PMDB), na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, nesta terça-feira (7), terminou sem acordo.

As manifestantes querem um encontro com o governo estadual nesta quarta, mas não há nada marcado.

Esposa de policial, a manifestante Thamires da Silva disse que espera o diálogo com o governo. “Queremos antecipar o diálogo o quanto antes. Nossa pauta pede o reajuste de 43% referentes aos últimos três anos em que isso não aconteceu, além da anistia dos PMs para que eles não sofram retaliações. Só após essas duas exigências serem aceitas, poderemos negociar a saída dos policiais”, disse. Entenda as reivindicações dos PMs.

ATUALIZA 8_2_14H_Crise no ES (Foto: Arte/G1)

Aquartelamento
No final da noite desta terça-feira (7), segundo a Associação de Cabos e Soldados, a crise foi agravada com o aquartelamento voluntário de militares no 2º Batalhão, em Nova Venécia; no 4º Batalhão, em Vila Velha; no Batalhão de Missões Especiais (BME), em Vitória; e na Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam), em Cariacica.

A Sesp foi questionada pelo G1 sobre a informação do aquartelamento dos militares, mas não se posicionou. Nesta terça, a Secretaria chegou a anunciar a volta às ruas de alguns PMs da Rotam; do 4° Batalhão; do 9° Batalhão e do 13° Batalhão. Mas a Associação não confirmou.

Do G1 Espírito Santo