Publicado às 05h53 desta quarta-feira (31)

Nessa terça-feira (30), Bruna Alves de Carvalho Vieira, 27 anos, moradora do bairro Bom Jesus, em Serra Talhada, entrou em contato com o Farol para fazer denúncia contra Unidade Básica de Saúde (UBS) do seu bairro. Segundo Bruna, ela cuida de duas tias, uma com 89 anos e outra com 60 anos que é obesa e tem dificuldade de se locomover, ambas precisam de remédios controlados e é preciso receita, mas ela não está conseguindo pegar ficha e nem a médica está atendendo a domicílio.

“Eu moro com duas pessoas idosas e elas tomam remédios controlados, nenhuma das duas podem sair para ir no postinho, eu que sou responsável por elas. Hoje fui tirar uma ficha para elas no postinho do Alto do Bom Jesus II, na Rua 9, quando cheguei lá por volta das 5h40min da manhã já não tinha ficha, antes atendiam 20 pessoas e hoje só foram 10 fichas, tinha gente que chegou às 3h da manhã, é uma humilhação para as pessoas. E eu fui porque ela precisa do remédio controlado, ia tirar hoje para amanhã ser a consulta, e eu que teria que ir para a consulta no lugar da minha tia, porque ela é obesa, tem dificuldade de andar, falei com a agente de saúde para cadastrar como acamadas e é obrigação do médico ou da médica vir até minha residência consultar elas”, detalhou Bruna acrescentando:

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“Pedi para a agente de saúde pegar os receitas que tenho dos remédios para ela mostrar a médica e pegar receitas novas para eu poder comprar a medicação delas, porque as farmácias não vedem os remédios sem a prescrição nova só que ela disse que a médica não está aceitando fazer isso, quem quiser que tire um ficha 3h da manhã para ir se consultar, estou muito revoltada com isso, porque as Unidades de saúde nessa pandemia precisam facilitar para quem toma remédios controlados, minha tia tem depressão e precisa da medicação. A médica não está indo na casa de ninguém, mesmo sabendo que existem pessoas que precisam de atendimento em casa e no postinho só está atendendo 10 pessoas”.

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O OUTRO LADO

A reportagem do Farol conversou, por telefone, com a secretária-Executiva de Saúde, Alexsandra Novaes, que de pronto deu uma solução para o caso, e justificou a redução no atendimento.

“Se são duas acamadas eles dão toda assistência, a gente reduziu a questão de consulta domiciliar por conta da Covid, até para não colocar esse pessoal em risco, mas sendo uma visita necessária a equipe vai sim e no caso de medicação é organizado a medicação deles mensalmente, mesmo em pandemia”, reforçou.