Serra-talhadenses não escondem revolta com Auxílio de R$ 150Publicado às 04h45 desta terça-feira (4)

Na manhã desta segunda-feira (3) o Farol foi às ruas e conversou com alguns beneficiários do auxílio emergencial 2021, nascidos em fevereiro. Todos saíram de suas casas muito cedo para receberem suas primeiras parcelas, e as falas foram unânimes: a redução do valor para R$ 150 não vai suprir a necessidade alimentar uma família de 5 pessoas que conta apenas com esta renda. Esse é o caso, por exemplo, de Inácia Lopes, moradora do Sítio Pitomba, em Serra Talhada.

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Jaqueline Pereira, 38 anos, dona de casa, moradora do São Cristóvão

Serra-talhadenses não escondem revolta com Auxílio de R$ 150

”Eu só tiro os R$ 150 mesmo, mas é melhor do que nada. Não dar para fazer quase nada, tem procurar algum bico para completar o dinheiro do aluguel, é difícil, a gente fica sem saber até o que vai fazer com o dinheiro, se completa o aluguel ou se faz compra. É difícil!”

 

 

 

William Rodrigues dos Santos, 51 anos, morador de Santa Cruz da Baixa Verde

 

Serra-talhadenses não escondem revolta com Auxílio de R$ 150”Esse auxílio era para ser só para pai de família, não era para solteiro. Eu vou fazer feira, compra mas esses boyzinhos querem é comprar celular, isso aí não sou de acordo. Muita gente que precisa não está tirando e tem empresários que conheço que tira, isso é errado. Mas Lula tá voltando para melhorar o país que esse Bolsonaro não está com  nada é um doido, não sabe falar nada.”

 

 

 

Caio Cesar, 30 anos, morador do bairro Cohab

 

Serra-talhadenses não escondem revolta com Auxílio de R$ 150

”Chegou foi atrasado, já era para ter chegado faz tempo e o valorzinho está escarrado também, só uma nargadinha, mas dá para pagar um bujão e uma água. Não dá nem para o bujão e para a feira, tem que se virar.”

 

 

 

 

Inácia Pereira Lopes Magalhães, 50 anos, moradora do Sítio Pitomba, município de Serra Talhada.

Serra-talhadenses não escondem revolta com Auxílio de R$ 150”Eu sou a chefe da família, ela é minha nora e mora comigo, são 5 pessoas lá em casa e a gente tem que virar com esses R$ 150 do auxílio, infelizmente não dá para quase nada. O que a gente tem que fazer é comprar comida e não dá nem para uma semana direito, mas tem gente pior que a gente, pior é sem nada, é uma ajuda boa, mas é pouco. A gente saiu 4h da manhã de casa para vir receber, pagando passagem cara para vir, ontem tive que arranjar um bico para pagar a passagem já para não tirar desses R$ 150 porque já é pouco.”