A presidente do Sintest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada), Veraluza Nogueira, disse que a categoria “irá até o fim” no polêmico caso do desvio de finalidade de R$ 9 milhões na Secretaria Municipal de Educação referentes à verba federal do Fundeb [acompanhe o caso].
Em entrevista ao Programa do Farol no Youtube [veja ao final], Veraluza demonstrou indignação ao relatar que viu vereadores aplaudindo o atual secretário de Educação, Edmar Júnior, após ele admitir na tribuna da Casa Legislativa que o desvio havia, de fato, acontecido, mas que seria restituído tão logo a prefeitura tivesse o montante em caixa.
“Eu achava que não iria levantar nenhum vereador [durante a sessão], para aplaudir um secretário que retirou o dinheiro para pagar isso, isso e isso, sem saber a finalidade para que pode se fazer àquela finalidade… Aplaudir?”, indagou a presidente do Sintest, com surpresa.
TIRARAM A SESSÃO DO AR
Veraluza também revelou estranhamento dizendo que tiraram a sessão da Câmara do ar, após a confissão pública de Edmar Júnior. A Câmara costuma transmitir suas sessões pelo Youtube.
“A gente também vai ter que correr para poder tomar providência dessas coisas. Tiraram logo do ar a sessão, mas eu vi alguns vereadores aplaudindo. Ali cabe, gente de Deus, o presidente [Manoel Enfermeiro] entrar com uma ação para investigar”.
“O dinheiro é do Fundeb, é uma verba carimbada”, reforçou Veraluza. “Está dizendo que não se pode tirar para pagar transporte como foi citado, que se pagou conserto de transporte, gasolina, diesel do ano passado, pagou merenda escolar… A merenda escolar tem uma verba específica para àquilo.”
“Esse dinheiro foi primeiro tirado [do Fundeb] para depois ter sido informado [ao Conselho Municipal de Educação]”, alertou Veraluza Nogueira, sentenciando:
“O sindicato está correndo atrás com o jurídico, com um vereador que quer nos apoiar e nós vamos até o final viu”.
SEM DIÁLOGO COM A CATEGORIA
“[A prefeitura diz que] não tem dinheiro para descongelar [as progressões salariais] por causa do pacto, não tem dinheiro para o estudo do PCCR [Plano de Cargos e Carreiras e Remuneração] e tem tanto dinheiro assim para festas e outras coisas nada a ver, é lamentável pois a situação não é boa e a prepotência e a arrogância são grandes demais, gestor não recebe a presidente do sindicato, ela não queria que fosse eu [a presidente do Sintest]. Quanto tempo mais a gente irá passar sem um diálogo com a gestora [Márcia]”, questionou Veraluza.
A líder do Sintest também afirmou que já viu os servidores da educação ‘derrubarem’ prefeitos [relembre]. “Ninguém venha querer ser prefeito e achar que pode usar arrogância e prepotência, não. Tem que ser humilde, somos nós que pagamos os salários deles. Eles não são os nossos patrões”.
VEJA O TRECHO DA RESPOSTA DE VERALUZA ABAIXO
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