STF: Moraes atende à PGR e determina prisão preventiva de Zambelli - Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Com informações do Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou nesta quarta-feira (4/6) pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretou a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após a parlamentar anunciar que deixou o país. A PGR também solicitou a inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol, o que a torna oficialmente foragida da Justiça brasileira.

A decisão ocorre após condenação da deputada a 10 anos de prisão e perda de mandato pelo STF, devido a seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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Zambelli anuncia saída do Brasil

Em vídeo publicado na terça-feira (3/6) no canal AuriVerde, no YouTube, a parlamentar confirmou que já está fora do país:

“Eu queria anunciar que estou fora do Brasil. Já faz alguns dias. A princípio, buscando um tratamento médico, é um tratamento que eu já fazia aqui [sem especificar o lugar]. Vou pedir afastamento do cargo”, declarou Zambelli.

A PGR também pediu a suspensão do passaporte da deputada, com comunicação imediata a autoridades internacionais, além do bloqueio de bens para garantir reparação dos danos dentro dos limites da condenação.

Apesar do anúncio de afastamento, o site da Câmara dos Deputados ainda registra Zambelli como parlamentar em exercício.

Deputada afirma que vai “denunciar ditadura” na Europa

Zambelli declarou que permanecerá na Europa, onde possui cidadania, e usará sua estadia para criticar o governo brasileiro:

“Vou me basear na Europa. Eu tenho cidadania europeia, então estou muito tranquila em relação a isso. Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país. Não é desistir do país, muito pelo contrário, é resistir. É voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que essa ditadura nos impôs”, afirmou.

“Vou levar isso em todos os países da Europa. Vou denunciar em todas as Cortes que a gente tiver na Europa”, completou.

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Defesa contesta condenação

Embora o STF já tenha decidido pela inelegibilidade da deputada por oito anos, a perda efetiva do mandato depende de deliberação da Câmara.

A defesa de Zambelli recorreu da condenação, alegando “cerceamento de defesa” por suposta falta de acesso a provas cruciais, como 700 GB de dados armazenados na plataforma mega.io. Os advogados pedem revisão da sentença, absolvição da parlamentar e suspensão das penalidades aplicadas.