LUPAOs vereadores, que têm interesse em desvendar a suspeita do superfaturamento de medicamentos na Prefeitura de Serra Talhada, irão enfrentar dificuldades para esclarecer o caso. Há cerca de 25 dias, a própria secretária de Saúde, Márcia Conrado, revelou que havia um esquema montado na compra de medicamentos e se comprometeu em enviar provas à Câmara. Entretanto, sem explicação, ela recuou e agora sequer deseja falar sobre o assunto.

“Primeiro, eu quero dizer que a secretária nunca falou em superfaturamento de medicamentos em reunião com os vereadores. Isso nunca existiu. Agora, serão enviados, ainda esta semana, as cópias dos contratos para análise da Câmara. Foi isso que ficou de ser levantado”, disse o assessor de imprensa do governo Duque, Tarcísio Rodrigues, que vem atuando como uma espécie de bombeiro para abafar crises e polêmicas na gestão.

Na prática, de nada irão adiantar estes contratos, pois não revelam os preços praticados pelos que participaram das concorrências licitatórias.

Segundo o ex-secretário de Saúde, Luiz Aureliano, todo o o processo licitatório é feito no prédio da prefeitura. Portanto, é importante os parlamentares terem acesso às planilhas de valores e promover a convocação do responsável direto pelas compras do governo Duque.

CURIOSO

O curioso neste imbróglio é a sensação de que a secretária Márcia Conrado fez um ‘voto de silêncio’ sobre o tema. O FAROL tentou conversar com ela por diversas vezes, por telefone, mas não foi atendido. Quem apareceu foi Tarcísio Rodrigues, que não esclareceu as dúvidas da reportagem.