Árbitro marcou um gol que não existiu em duelo na Itália — Foto: Reprodução/Twitter

Árbitro marcou um gol que não existiu em duelo na Itália — Foto: Reprodução/Twitter

Por Ge Globo

 

Um lance bizarro causou uma grande crise em uma liga regional do futebol italiano. No duelo entre Castellana e Noicattaro, na última segunda-feira, pela primeira divisão da Puglia, um gol fantasma marcado pelo árbitro Andrea Romano não só influenciou diretamente no resultado – vitória do Castellana – como gerou uma grande dor de cabeça para os dois clubes e a organização do torneio.

O grave erro da arbitragem ocorreu aos 18 minutos de jogo, quando o atacante Sabatelli recebeu um cruzamento na pequena área e perdeu uma chance clara, pegando mal na bola e chutando para fora, ao lado do gol. A bola nem chegou a balançar as redes, mas voltou ao campo após bater no poste de sustentação atrás da baliza.

Porém, o árbitro teve a ilusão de que a bola entrou, e assinalou o gol – enquanto o atacante estava no chão lamentando. A marcação, obviamente, gerou uma imediata revolta entre os atletas do Noicattaro, anfitrião da partida. Enquanto isso, os jogadores e a comissão técnica do Castellana comemoraram, apesar de notarem que a bola havia ido para fora.

Segundo relatos, o jogo permaneceu por mais de oito minutos parados, mas o árbitro não voltou atrás na decisão. O Castellana acabou levando a vitória no confronto, e após o apito final outros capítulos surgiram na polêmica.

Dirigentes do Noicattaro solicitaram à organização que o jogo fosse anulado, e uma nova partida fosse marcada. E reclamaram da postura dos jogadores do Castellana.

– As imagens falam por si só. Estamos absolutamente indignados também com o comportamento dos diretores e do treinador do Castellana. Como você comemora um gol que não existe? – afirmou Francesco Langiulli, diretor geral do Noicattaro.

E um senso de arrependimento parece ter tocado o Castellana após a polêmica vitória. O presidente do clube, Giueseppe Pellegrino, solicitou à organização do campeonato a repetição do jogo – apesar de sua equipe ter saído vencedora. E o diretor geral do clube, Angelo Cassano, renunciou ao cargo visando “proteger o clube”.

– Diante do ocorrido, tendo em vista que eu era a figura mais alta da diretoria no banco e dada a minha falta de tato em tomar decisões em poucos minutos, é certo que eu renuncie como diretor geral. Para não prejudicar a continuação do campeonato e proteger o clube e os rapazes, assumindo a total responsabilidade pelo que ocorreu – disse Cassano.

O comitê regional da federação italiana, responsável por organizar as ligas locais, apontou que o jogo só poderá ser anulado e remarcado caso o juiz da partida admita o erro publicamente, e um tribunal esportivo ordene a repetição da partida.