
Com informações do Metrópoles
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9/7) que irá impor novas tarifas contra o Brasil. A medida aumenta a pressão comercial sobre o país e outros membros do Brics, grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Trump tem alertado repetidamente sobre um “tarifaço” global, com atenção especial ao Brics e ao Brasil. O líder norte-americano já havia ameaçado aplicar taxas de 100% aos países do bloco que não se alinhassem aos “interesses comerciais dos EUA”.
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Recentemente, os EUA já haviam sobretaxado aço e alumínio brasileiros. Agora, Trump ameaça estender as tarifas a todas as exportações do Brasil para o mercado americano.
Um dos pontos que mais irritam o presidente dos EUA é a discussão entre os países do Brics sobre a criação de uma moeda comum para negociações internacionais, alternativa que poderia reduzir a dependência do dólar.
Quando as tarifas serão anunciadas?
De acordo com Trump, as novas tarifas devem ser divulgadas entre a tarde desta quarta e a manhã de quinta-feira (10/7). A declaração foi feita durante reunião com líderes do Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal na Casa Branca.
“O Brasil não tem sido bom para nós. Nada bom, aliás. Vamos divulgar um número para o Brasil no final da tarde ou amanhã de manhã”, afirmou Trump, ao ser questionado sobre as novas taxas.
O presidente não especificou quais setores brasileiros serão afetados nem se as medidas serão uma extensão do “tarifaço” de abril, quando as importações do Brasil foram taxadas em 20%.
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Defesa de Bolsonaro
Enquanto ameaçava aplicar medidas contra o Brasil, Trump também saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
Em uma publicação na rede social Truth, o líder americano afirmou que Bolsonaro “não é culpado de nada” e o chamou a situação de uma “caça às bruxas”.
A defesa foi reforçada pela embaixada dos EUA no Brasil, que emitiu uma nota à imprensa. O posicionamento levou o Itamaraty a convocar o encarregado de negócios da representação americana para esclarecimentos.