Trump se prepara para dois anos de 'guerras sem trégua'Portal Terra

Esta é a situação no presente momento: na semana passada, perguntaram ao presidente dos Estados Unidos se ele é um agente russo. E ele se recusou a responder diretamente. À indagação, feita por uma entrevistadora de maneira amistosa, e não por um dos jornalistas da “mídia fake” que ele tanto menospreza, ele respondeu: “É a coisa mais insultuosa que já me perguntaram”. Mas é uma pergunta que, há dois anos, continua sem resposta em sua presidência.

Se o impasse do fechamento do governo que se criou entre Trump e o Congresso dos Estados Unidos parece terrível, talvez venha a ser considerado bem menos afrontoso diante do que está por vir. A luta pelo muro na fronteira é apenas uma escaramuça preliminar nesta nova era de governos divididos. A verdadeira batalha ainda não começou.

Os últimos dias foram repletos de premonições. Os democratas que acabam de ocupar seus postos convocaram o advogado pessoal do presidente para depor depois que ele implicou Trump em um esquema ilegal de pagamentos antes das eleições de 2016, destinados a calar mulheres que afirmavam ter tido casos amorosos com o candidato. Documentos legais revelaram que o coordenador da campanha de Trump compartilhou dados de pesquisas de opinião com um associado ligado pelos promotores à inteligência russa.

Desde então, os artigos aumentaram a sensação de cerco à Casa Banca. The New York Times noticiou que depois que Trump demitiu o então diretor do FBI, James B. Comey, em 2017, o departamento abriu uma investigação para saber se o presidente estava colaborando com os russos. E o Washington Post afirmou que Trump tenta de todas as maneiras, como presidente, ocultar, até mesmo de integrantes de seu governo, detalhes de suas conversações com o presidente da Rússia, Vladimir V. Putin.