Fotos: Licca Lima/Farol de Notícias

Fotos: Licca Lima/Farol de NotíciasNo último domingo (15), o que seria um momento de diversão, acabou se tornando uma tragédia, quando Maribel Rayssa Pereira Medeiros, 5 anos, acabou se afogando enquanto estava em uma piscina do Tunas Clube [relembre aqui], em Serra Talhada.

Apesar dos esforços para salvá-la a criança não resistiu e veio a óbito após uma parada cardiorrespiratória, enquanto estava sendo atendida no Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães, o Hospam. A defesa aguarda o laudo do IML (Instituto Médico Legal) atestando a causa da morte.

Após o ocorrido, o senhor Manoel Medeiros, pai da criança, durante uma entrevista concedida a um veículo de comunicação de Caruaru, informou que, no momento do afogamento, o salva vidas estaria exercendo outra função, o que ele caracteriza como um desvio de função.

“Lá não tem nada, do jeito que minha filha morreu, vai morrer outras crianças também porque, não tem uma pessoa que tome conta. Um minuto que a mãe descuidou, a criança caiu em um local raso e morreu afogada, que não tinha ninguém na hora… Não ter um segurança para tomar e conta das crianças, em uma área de lazer, um canto aquático que a pessoa paga para estra ali, não tem um segurança, a responsabilidade o dono e do povo, a gestão do parque aquático” afirmou o pai.

Nesta quarta-feira (18), o Programa Falando Francamente, da Tv Farol, recebeu a advogada Martha Guaraná, que responde pelo clube, para prestar esclarecimentos sobre o caso.

Tunas Clube nega negligência em afogamento em Serra Talhada

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Durante a entrevista concedida a Giovanni Sá, a advogada trouxe esclarecimentos sobre o que teria de fato acontecido antes, durante e também após o suposto caso de afogamento da menina.

Ela pontuou ainda que desde o momento do ocorrido, a família tem recebido toda assistência necessária por parte do clube, não havendo nenhuma negligência e que desde então, “o clube tem sentido uma repercussão de tudo que aconteceu.”

“Está sendo ouvido ainda o outro lado. Na nossa opinião, em momento algum, houve negligência por parte do clube. A primeira coisa que eu tenho pra colocar aqui é que, o mesmo jeito que houve uma perda irreparável para uma mãe, o clube também tá sentindo toda esta repercussão de tudo que aconteceu, então, o clube até chegou a emitir uma nota no Instagram, dizendo que sentia muito, que tem os sentimentos pela família e durante todo o momento, foi dado todo o apoio necessário que a família necessitou”.

“Desde o momento em que o socorro foi prestado ali, na hora, na piscina, que foi levada a criança para o hospital, que foi levada pelo funcionário o próprio clube. A gente não sabe dizer se ela estava realmente com vida mas, o que a gente tem de conhecimento é que quando foram feitos os primeiros socorros, ela chegou a expelir, um líquido preto, um líquido escuro, ainda no clube. Não foi água que ela chegou a expelir. Então ainda são suposições. As pessoas criam suposições, cogitam o que foi ou que não foi mas, desde então, desde que ela foi socorrida, foram prestados os socorros,” afirmou a advogada.

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ADVOGADA REBATE SUPOSIÇÕES

De acordo com a advogada desde o momento que chegaram ao clube, a família foi orientada sobre a área e que a mãe estava em uma área que era possível ver a criança na piscina.

Ela afirma ainda que tudo foi registrado por câmeras de segurança do local e que o socorrista estava devidamente qualificado para prestar socorro.

“O pai não estava lá, o que ele sabe, sabe por terceiros ou por fofocas, não sei. Inclusive surgiu a história de que o salva vidas estaria limpando mesas. O restaurante é terceirizado e o salva vidas não é contratado pelo restaurante, então jamais ele poderia está limpando mesas”, disse a advogada, argumentando:

“No momento do fato, ele estava justamente, atentando a outras três crianças que estavam querendo dar saltos e segundo ele, salto mortal na piscina funda e ele estava atrás destas crianças, porque elas estavam correndo risco de se machucarem ou baterem com a cabeça”.

“Foi exatamente no mesmo momento, em que a outra criança, a gente não sabe necessariamente, se ela se afogou ou teve um mau súbito, porque enquanto o fato aconteceu, todas as pessoas que estavam lá, ao redor desta piscina rasa, cuja altura não chega nem a altura do meu joelho. Não perceberam o fato do que estava acontecendo com esta criança de 5 anos.”

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Martha rebateu boatos de que não haviam placas de sinalização no local e reforçou a obrigatoriedade e responsabilidades dos pais ou responsáveis para com os filhos, menores de 14 anos, em parques aquáticos.

“Não é um momento de procurar culpados, é um momento de respeito a mãe, a família, por tudo que vem enfrentando, tudo que o clube poderia ter feito, o clube fez”, afirmou Martha.

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