UFPE perde posições em ranking mundialDo JC Online

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) caiu de 26ª para 35ª universidade mais bem avaliada da América Latina no ranking anual da revista britânica Times Higher Education (THE), que enumera a reputação das instituições de ensino superior em todo o mundo. Além a UFPE, as universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do ABC (UFABC), do Ceará (UFC), de Goiás (UFG) e do Rio Grande do Norte (UFRN) também perderam posições.

A assessoria da UFPE afirmou que, por hora, a instituição não vai se pronunciar sobre a avaliação. O Ministério da Educação (MEC) também afirmou que não se pronunciará, por desconhecer os métodos utilizados para calcular as posições do ranking.

Unicamp é a universidade com melhor avaliação da América Latina

Pelo segundo ano consecutivo, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi considerada a instituição de ensino superior mais prestigiada da América Latina. A Universidade de São Paulo (USP) aparece em segundo lugar.

publicação da tradicional revista britânica ressalta o domínio das instituições brasileiras na região. Das 129 universidades que entraram para o ranking, 43 são do País – sendo que seis entraram para o top 10. No entanto, o relatório faz um alerta e diz que “apesar do domínio regional contínuo” a situação econômica brasileira coloca o sistema de ensino superior em ‘posição precária'”.

“A profunda pressão financeira sobre suas universidades está prejudicando seu desempenho e atratividade no cenário global e colocando em risco seu imenso potencial. No entanto, face a esses desafios, a resiliência e a ambição das universidades são claras, assim como a contínua busca de aumentar a qualidade e atender às necessidades de sua nação”, avalia Phil Baty, diretor editorial do Global Rankings da THE.

Cenário

A análise geral dos países mostra que o Brasil é o que mais se destaca no ambiente para pesquisa. A Argentina está no topo do ambiente de ensino e o Equador tem o melhor desempenho de influência de pesquisa e perspectivas internacionais. “O Brasil definha atrás de seus vizinhos quando se trata de perspectivas internacionais e tem espaço para melhorar sua influência na pesquisa (impacto de citações)”, diz o relatório.

A revista usa 13 métricas de performance das atividades das instituições, divididas em quatro áreas: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional.

Marcelo Knobel, reitor da Unicamp, destaca o bom desempenho das três universidades paulistas na avaliação – a Universidade Estadual Paulista (Unesp) aparece no 11º lugar -, mas também vê com preocupação a influência da crise econômica no desenvolvimento das instituições.

“É uma situação bastante preocupante. Houve uma redução grande no investimento em ciência e tecnologia no País e a situação financeira no Estado de São Paulo é bastante frágil. A recuperação econômica nas universidades é lenta e corremos o risco de perder os investimentos feitos nos últimos 50 anos. É um momento muito duro”, diz Knobel.

O ranking pode ser conferido no seguinte endereço eletrônico (clique aqui).