duque e pinheiro

Bastante criticado por sinalizar que pode aderir a bancada da situação, o vereador, por enquanto, oposicionista, Pinheiro de São Miguel (PTB), disse que não ouviu a secretária de Saúde, Márcia Conrado, falar em superfaturamento. Falando a uma rádio local, Pinheiro afirmou que, no momento da confissão da gestora, tinha saído da sala de reuniões. Na visão de Pinheiro, a denúncia não deveria ir a público sem antes que a Câmara recebesse a resposta da prefeitura ao pedido de informações.

“Olha, eu estava no início dessa reunião… Demorou um pouco pra começar… A reunião começou atrasada. E eu tive que dar uma entrevista numa rádio por telefone na hora da reunião, juntamente com o vereador Sinézio (Rodrigues). E, no momento que aconteceu essa colocação eu não estava presente, mas isso foi anunciado por alguns colegas e eu acho que a própria secretária disse lá que teria entre 40 a 45 dias nos enviar esse documento com as informações. Isso dito por ela, nada tomado oficialmente”, revelou.

Mantendo uma estranha postura de cordialidade, Pinheiro afirmou ainda que o vereador Gilson Pereira (PSD), colega da bancada oposicionista, agiu de forma isolada ao levar a denúncia de superfaturamento a público. “Eu acho que deveria aguardar essa documentação (enviada pela secretária), e aí sim, se não chegar essa documentação, entraríamos com o pedido de informação e de investigação por parte do Ministério Público”, opinou Pinheiro de São Miguel, continuando:

“Não acho que esse é o momento (acionar o Ministério Público), porque estamos aguardando a resposta da secretária ainda… Vamos dizer que chegou o prazo dos 45 dias, que aí estaríamos em recesso, mas assim, poderíamos entrar com o pedido de informação, que tem o prazo de 30 dias. Mas o colega dr. Gilson, que é muito atuante, antecipou os fatos e fez isso isoladamente sem consultar os demais membros da oposição”.

FIQUE POR DENTRO

A expectativa é que o vereador Pinheiro de São Miguel assuma uma vaga dentro no governo Duque já em 2015. Durante entrevista essa semana, o petebista deu a Luciano nota 6 e pinçou avanços na gestão. A média 6 não causaria tanto estranhamento se o próprio prefeito não tivesse se autoavaliado abaixo das expectativas, com nota 5. Outros vereadores deram nota 4 à gestão duquista.

Após explodir a denúncia de que a secretária Márcia Conrado externou um suposto esquema de superfaturamento na compra de medicamentos dentro da Secretaria de Saúde, vereadores da própria bancada da situação pediram o início de uma investigação.

Dias depois, a secretária foi à imprensa negar que teria falado em superfaturamento. Esta semana, durante entrevista de rádio, o vereador e líder da situação, Manoel Enfermeiro (PT), confirmou o termo “superfaturamento” mas, segundos depois, negou o que havia falado.