Veja os cinco hábitos que mais prejudicam os rins - Foto: Freepik
Foto: Freepik

Com informações do Metrópoles

Embora trabalhem sem interrupção para filtrar o sangue, regular eletrólitos e eliminar substâncias indesejadas, os rins não são imunes ao impacto de comportamentos repetidos ao longo do tempo. Especialistas destacam que rotinas marcadas por má alimentação, uso inadequado de medicamentos e descuidos gerais com a saúde colocam o órgão sob sobrecarga constante.

Esse desgaste, segundo nefrologistas, costuma ocorrer de forma lenta e sem sintomas claros. Muitas pessoas só descobrem que há algo errado quando a função renal já está comprometida, justamente porque as fases iniciais da doença não apresentam dor nem sinais específicos. Nesse cenário, hábitos cotidianos podem acelerar de maneira significativa a perda funcional.

Continua depois da publicidade

Receba as manchetes do Farol primeiro no canal do WhatsApp (faça parte)

A seguir, confira os cinco comportamentos que mais prejudicam a saúde dos rins.

Tabagismo

Entre os fatores que mais contribuem para a piora da função renal, o cigarro ocupa posição de destaque. As substâncias tóxicas da fumaça desencadeiam processos inflamatórios e prejudicam a circulação nos rins, reduzindo sua capacidade de filtragem e dificultando a recuperação de tecidos lesados.

O nefrologista Mendell Lemo, coordenador da NefroSanta do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, reforça como o tabagismo interfere na microcirculação: “Ele altera diretamente a microcirculação responsável pela filtragem renal, acelerando o desgaste de estruturas que já trabalham no limite”.

Além disso, fumantes tendem a apresentar progressão mais rápida de doenças já existentes, o que dificulta o tratamento e aumenta o risco de perda permanente da função renal.

Dietas ricas em ultraprocessados

A ingestão frequente de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio, fósforo, aditivos químicos e gorduras, também representa um grande desafio para o sistema renal. O excesso de sódio favorece a retenção de líquidos e aumenta a pressão arterial, dois fatores que exigem mais esforço dos rins.

Continua depois da publicidade

Da mesma forma, o acúmulo de fósforo e aditivos obriga o órgão a trabalhar intensamente para manter o equilíbrio dos eletrólitos. Quando esse padrão alimentar se prolonga por meses ou anos, a sobrecarga se torna constante e contribui para o desgaste progressivo das estruturas filtrantes.

Obesidade

A obesidade cria um ambiente adverso para o rim, que passa a filtrar um volume maior de sangue para dar conta do excesso de nutrientes e resíduos. Esse estado de hiperfiltração favorece o surgimento de proteinúria e danos às estruturas responsáveis pela filtragem.

A nefrologista Flávia Gonçalves, do Hospital Sírio-Libanês, explica que diversos fatores costumam agir simultaneamente: “A combinação de obesidade, sedentarismo e alimentação desbalanceada cria um cenário em que o rim precisa trabalhar mais para compensar várias alterações metabólicas ao mesmo tempo”.

O peso elevado também costuma ser acompanhado por alterações de glicose e pressão arterial, ampliando ainda mais o risco de doença renal.

Uso de esteroides anabolizantes

O consumo de anabolizantes, especialmente em doses altas ou por períodos prolongados, provoca inflamações discretas no início, mas que podem evoluir para fibrose ou glomerulosclerose, condição que compromete os filtros renais.

Continua depois da publicidade

Mesmo pessoas sem doenças prévias podem desenvolver lesões graves quando utilizam essas substâncias de forma continuada, aumentando a probabilidade de perda irreversível da função renal.

Os fatos de Serra Talhada e região no Instagram do Farol de Notícias (siga-nos)

Uso indiscriminado de medicações

Antiinflamatórios, medicamentos frequentemente utilizados sem orientação médica, reduzem a taxa de filtração renal e podem levar à insuficiência, sobretudo em idosos, hipertensos, diabéticos e usuários de diuréticos.

Diversos outros remédios também podem causar danos quando usados de maneira inadequada. Por isso, especialistas reforçam que evitar a automedicação é essencial para preservar a função renal e prevenir complicações.