O vereador republicano Antonio de Antenor, líder da bancada de oposição na Câmara Municipal, fez uma dura denúncia na tribuna, durante a sessão ordinária da última segunda-feira, 8.
De acordo com o parlamentar, os trabalhadores da Cooperativa de Reciclados, localizada às margens da BR-232, em Serra Talhada, estão sendo tratados como ‘escravos’ e, além disso, estaria havendo supostas irregularidades na gestão da entidade.
“Uma senhora por nome de Sheila vem cometendo muitos abusos na cooperativa. Estive lá e conversei com os trabalhadores, que me relataram que ela -Sheila- cobra 30% do lucro de tudo que é produzido. A cooperativa funciona sem prestação de contas nenhuma. Essa mulher deve estar tirando uma renda acima de R$ 10 mil/mês e os trabalhadores sendo tratados como escravos. Isso precisa ser apurado”, reforçou Antenor.
De acordo com o republicano, todos os dias os cooperad0s saem para trabalhar com equipamentos quebrados, mas o vereador não culpa a prefeitura. “Ela- prefeitura- vem fazendo a sua parte. Parabenizo o prefeito por isso. Mas tudo se resume a ingerência dessa Sheyla, que comanda tudo a sua maneira”, reforçou Antenor.
O OUTRO LADO
A reportagem do FAROL conversou com Sheila Mariana dos Santos, técnica administrativa que trabalha na Secretaria do Meio Ambiente, e coordena o trabalho dos cooperado. Ela que declarou estar indignada com o vereador Antonio de Antenor.
“Antes dele -Antonio de Antenor- tecer essas acusações em uma Câmara Legislativa, jogando o nome de uma mãe de família honesta na lama, ele deveria ter me procurado e eu tenho o maior prazer de recebê-los. Eu recebo visita de universitários, estudantes estagiários, curiosos que querem ver o nosso trabalho e saem de lá maravilhados. Tenho parceria com o Sesc Triunfo e outras cidades já estão interessadas em firmar parcerias conosco. Quando eu entrei na cooperativa tínhamos cerca de 20 empresas e hoje temos mais de 40 empresas parceiras, deram as mãos e estão junto da gente nesse projeto”, declarou Sheila Mariana.
Ela nega todas as acusações do vereador e diz que atua com transparência na entidade. “Primeiro, eu não tenho acesso direto a conta bancária, que é uma conta do Banco do Brasil em nome da cooperativa. É tudo feito através de cheque, eu tenho os comprovantes em relação ao que é pago. Com relação a essa denúncia absurda que eu fico com 30% do trabalho deles, isso não é verdade porque eu não tenho acesso ao dinheiro, simplesmente pago o serviço de carregamento. Que é o único que iça os papéis para colocar no carro, gás, água de beber, assistência com medicação quando o cooperado precisa, uma corridinha de táxi quando precisa, uma assistência de um filho a gente está lá para ajudar e eu não mexo nesse dinheiro”, assegurou.
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