Camara MunicipalA violência que imperou em Serra Talhada em 2014, com o registro de 36 homicídios, foi o principal tema da sessão ordinária realizada pela Câmara de Vereadores, nessa segunda-feira (15). Quem puxou o debate foi o vereador Nailson Gomes (PSC), que cobrou respostas ao Governo do Estado sobre a situação de intranquilidade na Capital do Xaxado.

“O grau de violência em Serra Talhada só faz nos preocupar. O pior é que a maioria dos crimes praticados não foram desvendados. Quando aquele duplo homicídio aconteceu, veio à cúpula da Secretaria de Defesa Social (SDS) e prometeram dar respostas em 30 dias. Nada foi resolvido. Ora, precisamos fazer com que volte o clima de paz em Serra Talhada”, disse Gomes, que ainda criticou o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). “E o problema pode se avolumar porque a cidade pode ficar sem juízes. Não foi nomeado nenhum juiz para Serra Talhada do último concurso público”.

O debate em torno da violência na Capital do Xaxado aconteceu após o assassinato de um desempregado, na BR-232, na semana passada. “Dizem que Pernambuco é modelo com o programa Pacto pela Vida, mas parece que Serra Talhada não faz parte de Pernambuco. Após a vinda da SDS, a criminalidade duplicou e estamos aqui para questionar este Pacto pela Vida”, disparou o presidente da Câmara, José Raimundo Filho (PTB), arrematando: “Que sistema é esse? Que pacto é esse que em Serra Talhada só faz retroceder?”.

COBRAR DAS LIDERANÇAS

Ainda durante o debate, os vereadores concluíram que as lideranças políticas de Serra Talhada precisam justificar seus papéis e devem se envolver cobrando medidas do Governo de Pernambuco.

“Parece que tudo isto é de cunho político. Eu espero que a sociedade não continue pagando por tudo isso. Vamos terminar o ano, talvez; como a cidade mais violenta de Pernambuco”, disparou Zé Raimundo. O vereador Francisco Pinheiro (PTB) também fez críticas ao papel do Governo do Estado diante o aumento da criminalidade. “Aqui é uma cidade sem lei? Cadê o Estado para resolver tudo isso?”, finalizou Pinheiro.